Calle confirmou que o equipamento de cuidados paliativos não está funcionando e que falta combustível para o transporte de pacientes imobilizados em suas casas e o serviço de radioterapia.
Enfatizou que as autoridades do Ministério de Saúde nomeadas pelo regime golpista não responderam essas demandas até o momento.
Por outra parte, o ex-presidente Evo Morales havia anunciado em 5 de setembro a Lei do Câncer para garantir aos pacientes o acesso universal e integral à atenção em saúde, fato que o converteu no primeiro governo da Bolívia a aprovar uma norma em benefício desse setor, segundo fontes oficiais.
O regulamento pretendia assegurar a prestação de serviços de vigilância epidemiológica, promoção, prevenção, detecção temporã, atenção, tratamento e cuidados paliativos aos doentes, bem como programas e infraestruturas para lutar contra essa doença.
Cada ano são diagnosticados aproximadamente 19 mil novos casos com diferentes tipos de câncer e, desse total, 200 são crianças, enquanto as doenças oncológicas mais frequentes são de mama, pescoço, uterino e próstata. Devido a essas cifras, o líder aymara impulsionou a construção de três centros para desenvolver a medicina nuclear, o primeiro deles foi o Instituto de Medicina Nuclear, localizado no Distrito Oito de El Alto (La Paz), previsto para inaugurar em outubro passado.
Os outros dois estariam no sul de La Paz e no departamento de Santa Cruz (leste), e seriam entregues em dezembro de 2019 e em janeiro de 2020, respectivamente.
Os centros contariam com modernos componentes em medicina nuclear para o diagnóstico oportuno e rastreamento do câncer e outras doenças, bem como o tratamento mediante o uso de quimioterapia, hormonoterapia e imunoterapia.
Assim mesmo, ofereceriam radioterapia oncológica com equipamentos de última tecnologia como aceleradores lineares, sistemas computarizados de planejamento de tratamento e de imobilidade para dar maior conforto aos pacientes.