Os EUA sancionam cidadãos com dupla nacionalidade e estrangeiros que visitem Cuba

O governo dos EUA começou a aplicar sanções aos cubanos com dupla nacionalidade e aos estrangeiros que visitem Cuba. A menos que haja exceções limitadas, os viajantes que visitaram Cuba em ou após 12 de janeiro de 2021 não poderão viajar para os Estados Unidos sob o Programa de Isenção de Vistos (VWP), usando o Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem (ESTA). Terão que solicitar um visto para entrar no país.

Nessa data, apenas oito dias antes do fim do mandato de Donald Trump, o Departamento de Estado dos EUA oficializou a designação de Cuba como Estado Patrocinador do Terrorismo.

As sanções, além de estarem relacionadas à lista injusta e arbitrária, fazem parte das políticas hostis e de bloqueio em relação à nação caribenha.Expressa também os pontos de contato do governo Biden com a linha de seu antecessor, multiplicando por zero as diretrizes de sua campanha eleitoral em relação a Cuba.

O propósito pérfido por trás dessa decisão é afastar os emigrantes cubanos de seu país de origem e prejudicar a indústria do turismo, que desempenha um papel essencial na economia.

Como resultado, a embaixada dos EUA na Espanha, um país que abriga muitos cubanos com dupla nacionalidade, publicou, sob o rótulo Aviso Importante!, que «aqueles que viajaram para Cuba desde 12 de janeiro de 2021 não poderão mais entrar nos Estados Unidos com a autorização ESTA e devem, em vez disso, solicitar um visto».

Isso afeta todos os cidadãos da União Europeia, que estão isentos da exigência de visto e só precisam obter uma autorização de entrada por meio do ESTA. No entanto, não poderão usar esse mecanismo se visitarem Cuba.

Biden continua fazendo ouvidos moucos às múltiplas demandas da comunidade internacional, dos governos, das organizações e da sociedade civil cubana para que Cuba seja retirada da «lista de países que patrocinam o terrorismo», uma decisão que busca isolar a Ilha e causar dificuldades econômicas para sua população.