Depois de afirmar que o panorama é ‘dramático’, o texto lamentou a falta de ação por parte dos poderes públicos para encontrar soluções duradouras.
As organizações recordaram que a cada semana elas conseguem garantir a distribuição de cerca de 15 mil refeições entre os migrantes e oferecer 290 consultas médicas.
‘Graças a esta gestão a situação não está pior ainda’, indicaram no texto.
No entanto, agregaram, as associações ‘não aceitam continuar substituindo um governo e um Estado frustrados, cujas ações condenam deliberadamente as pessoas a uma situação de perigo’.
Há alguns dias a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, chamou o Estado francês a adotar um plano de urgência para combater a proliferação de campos irregulares de migrantes nesta capital.
‘A situação é alarmante’, advertiu a socialista em um comunicado, depois de visitar as aglomerações de indocumentados no nordeste da cidade, em zonas como a Porte de La Chapelle.
‘Não compreendo por que o Estado permite que proliferem a indignidade e o caos nas portas da capital da França’, lamentou.
Hidalgo condenou que estas pessoas ‘estão obrigadas a viver em condições desumanas’, enquanto na cidade se produz uma ‘crise migratória alarmante’.
A prefeita indicou que aproximadamente 100 migrantes chegam a cada dia a Paris e não encontram lugares de acolhida, ou outras instituições que permitam uma melhor gestão do fluxo.
Com este ritmo de chegadas, acrescentou, ‘os acampamentos vão continuar crescendo e a situação sanitária irremediavelmente continuará se degradando’.