Nairobi, (Prensa Latina) O líder opositor queniano Raila Odinga, declarou nesta segunda-feira (20) que mantém sua decisão de rechaçar Uhuru Kenyatta como presidente deste país, apesar da confirmação emitida pelo Tribunal Supremo.
Esse órgão judicial validou o resultado das eleições de 26 de outubro, boicotadas pelos seguidores de Odinga.
Em um comunicado, difundido pela opositora Super Aliança Nacional (NASA), encabeçada pelo ex-primeiro-ministro, expressa-se que a decisão ‘não foi nenhuma surpresa’ e assegura que o Tribunal Supremo se viu obrigado a ‘a tomar sob coações’.
Em nome de seu líder, a coalizão precisa que: ‘Não condenamos o Tribunal, mas simpatizamos com eles’, e reitera que considera ‘ilegítimo’ o governo presidido por Uhuru Kenyatta surgido da consulta de outubro, pela qual não o reconhece como tal.
Além disso, a NASA considera na mensagem que a sentença do Supremo ‘não poderá legitimar um governo ilegítimo, cujo presidente acusou publicamente ao Tribunal de dar um golpe ao anular suas eleições e ameaçou arranjar o problema da Justiça quando voltar ao poder’.
O órgão judicial revogou a 8 de agosto a reeleição de Kenyatta, quem criticou os juízes por essa ação, uma decisão que assentou um complexo precedente eleitoral no continente.
A África observou a repetição das eleições de 26 de outubro, nas quais triunfou o mandatário com mais de 98 por cento dos votos.