19.5 C
Brasília
sexta-feira, 21 março, 2025

Oposição equatoriana acusa governo de incompetência diante da insegurança

Quito, 26 de fev (Prensa Latina) O grupo legislativo da Revolução Cidadã (RC) criticou a gestão do governo em matéria de segurança e o descreveu como incapaz de enfrentar a crise que persiste hoje no país.

Em nota, eles destacaram que a resolução aprovada sobre cooperação internacional está longe da proposta inicial do partido governista Ação Democrática Nacional, a quem acusaram de tratar o tema de forma superficial.

“O governo é incapaz de enfrentar a crise que estamos vivendo”, disseram parlamentares da oposição, que também questionaram a falta de liderança e comprometimento do executivo no combate à violência e à insegurança.

A RC também enfatizou que a soberania deve ser defendida com capacidade e liderança, valores que o presidente Daniel Noboa e seu partido não demonstraram.

Na terça-feira, a Assembleia Nacional (Parlamento) aprovou uma resolução que apoia parcialmente o presidente e candidato à reeleição em seu pedido de forças estrangeiras para apoiá-lo na luta contra o crime organizado.

A moção aprovada reconhece os grupos criminosos como inimigos do Estado e insta o Governo a implementar, por via diplomática, os acordos de cooperação internacional já assinados na área da segurança.

Os parlamentares determinaram que os ministros do Interior, Defesa, Governo, Relações Exteriores e outros, devem informar quinzenalmente sobre o andamento das ações e o estado das relações com outros países, como Colômbia e Peru.

Durante o debate, especialistas jurídicos esclareceram que não é necessário um pronunciamento legislativo para buscar cooperação internacional do Executivo.

Nesse sentido, o deputado governista Ferdinan Álvarez reconheceu que não busca nenhum tipo de autorização, mas sim “apoio político”.

O deputado da RC Ricardo Ulcuango enfatizou que não existe um Plano Fénix, nem uma estratégia de segurança abrangente, como proposto por Noboa, e afirmou que o apoio político não resolverá os problemas dos equatorianos.

Outros especialistas acreditam que pedir apoio externo para a segurança é uma estratégia eleitoral do presidente tendo em vista o segundo turno contra Luisa González, da Revolução Cidadã, em 13 de abril.

O governo equatoriano recebeu duras críticas por sua estratégia de segurança devido ao número de incidentes violentos no país, onde mais de mil homicídios foram registrados até agora neste ano.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS