25.5 C
Brasília
terça-feira, 8 outubro, 2024

ONG: Peru caminha “para um estado autoritário” com Boluarte

Um protesto contra o governo de Dina Boluarte no Peru. (Foto: Reuters)
Um protesto contra o governo de Dina Boluarte no Peru. (Foto: Reuters)

Uma ONG denuncia “graves violações dos direitos humanos”. cometidos no governo de Dina Boluarte e adverte que o Peru caminha “para um Estado autoritário”.

HispanTV – A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) publicou nesta quinta-feira um relatório intitulado ‘Peru: avanço do autoritarismo e retrocesso de direitos’ no qual critica a “brutalidade repressiva” no Peru durante os protestos sociais contra Dina Boluarte.

O relatório afirma que, face à recusa de convocação de eleições antecipadas, vários protestos foram realizados em vários pontos do país, com um saldo de 67 mortos, 49 deles devido a “repressão desproporcional”, mesmo muitos casos já caracterizados como execuções extrajudiciais e massacres.

Governo do Peru não pedirá desculpas por mortes em protestos
“A resposta repressiva às mobilizações sociais atingiu níveis raramente vistos na história do país”, aponta.

Imagen

Além disso, critica que desde a crise da repressão, ao invés de apurar as mortes e possíveis casos de execuções extrajudiciais e graves violações de direitos humanos e dos responsáveis, o Ministério Público tenha se voltado para a perseguição e julgamento dos cidadãos que protestam, especialmente os líderes das organizações envolvidas.

EUA apoiam Boluarte apesar de violação de direitos humanos em protestos
O documento afirma que “há um evidente processo de captura das instituições democráticas no Peru por um Congresso autoritário, ultraconservador e antidireitos, agora aliado ao governo de Boluarte” e garante que “a atual crise política no Peru se deve a um projeto político e ideológico conservador e autoritário”.

Terceira tomada de Lima: registros e controles policiais aumentam
A FIDH enfatiza que “essa virada autocrática, orquestrada por partidos ultraconservadores e aliados do governo Boluarte, corresponde a um programa de desmonte dos direitos conquistados”. A isso se soma um grave precedente judicial com a recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que criminaliza o protesto social ao afirmar que não constitui um direito fundamental.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS