Nações Unidas, (Prensa Latina) Países da África e Ásia reivindicaram nesta terça-feira (24) na Assembleia Geral da ONU o fim da ocupação e colonização mediante novos assentamentos por Israel de territórios palestinos.
Na segunda jornada de uma sessão plenária da Assembleia para analisar o tema palestino, Emirados Árabes Unidos, Catar, Turquia, Zâmbia, Cazaquistão e Japão reiteraram aqui suas preocupações pelo sofrimento do povo árabe e somaram suas vozes às que ontem defenderam a solução dos dois Estados.
“Japão lamenta a recente aprovação por Israel da construção de 454 unidades de assentamento em Jerusalém Oriental, esta prática não viola somente as leis internacionais, mas recrudesce as tensões e complica a retomada dos diálogos de paz”, advertiu aqui o embaixador suplente, Yoshifumi Okamura.
O diplomata pediu um impulso ao diálogo que leve à convivência pacífica entre palestinos e israelenses, para o qual advogou pelo respaldo da comunidade internacional a esse processo.
Por sua vez, o delegado de Emirados Árabes Unidos, Ahmed Almahmoud, denunciou a escalada de tensões e violência derivada da postura hostil do governo israelense e as provocações de colonos judeus em locais sagrados de Jerusalém Oriental, entre eles a mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha.
Além disso, rechaçou a permanente prática de erguer assentamentos na Cisjordânia e a continuidade do bloqueio à devastada Faixa de Gaza, submetida no verão de 2014 a 51 dias de bombardeios pela aviação de Tel Aviv.
De acordo com Almahmoud, urgem ações da comunidade internacional e do Conselho de Segurança para proteger os civis palestinos e impulsionar o estabelecimento de um Estado viável e independente, em sintonia com as aspirações legítimas e direitos do povo árabe.
Turquia também exigiu o fim da ocupação, e a materialização do Estado palestino, com as fronteiras anteriores a 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital.
Para a potência euro-asiática, o atual cenário de violência é uma demonstração do que ocorrerá caso não se conclua alcançar o fim do conflito, com a participação decisiva da comunidade mundial e em particular do Conselho de Segurança da ONU.
A seu turno no foro da Assembleia Geral, o embaixador de Zâmbia, Mwaba Kasese-Bota, defendeu a solução dos dois Estados, “o que só será possível com o reconhecimento de uma Palestina independente”.
Ontem, o Movimento de Países Não Alinhados e vários governos em sua capacidade nacional exigiram o fim da ocupação, da construção de novos assentamentos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e dos crimes contra civis.