Com a presença do primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e do membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, começou na terça-feira, 31 de maio, no emblemático hotel Nacional de Cuba o 13º Congresso da Confederação dos Italianos no Mundo (CIM).
A primeira coisa que aconteceu na Sala 1930 foi um desfile de mais de 30 bandeiras, como uma revisão simbólica das nações nas quais existem comunidades italianas, como Austrália, Albânia, Holanda e países latino-americanos, incluindo Cuba.
Angelo Sollazzo, presidente da Confederação dos Italianos no Mundo, proferiu o discurso de abertura do evento, que durará até 2 de junho. O executivo aludiu ao apoio excepcional que Cuba tradicionalmente tem dado à Confederação, e enfatizou que o 13º Congresso da CIM está sendo realizado em Havana após dois anos de uma pandemia que custou a vida de 240.000 pessoas na Itália e causou a morte de mais de cinco milhões de seres humanos em todo o mundo.
Um momento emocionante — marcado por uma ovação de pé dos presentes — veio quando Angelo Sollazzo recordou com profunda gratidão a ajuda prestada por médicos e profissionais de saúde cubanos em solo italiano para enfrentar a devastadora epidemia do coronavírus.
Em outra linha, Sollazzo disse que nunca poderia ter imaginado que 2022 seria marcado por um confronto de grande magnitude, tendo já vivido a Segunda Guerra Mundial.
O ministro do Turismo cubano, Juan Carlos García Granda, tomou então o pódio em nome do Estado e das autoridades governamentais cubanas para afirmar que é um prazer receber os participantes do 13º Congresso da Confederação em um hotel, que é um monumento nacional e uma insígnia da indústria hoteleira da Ilha.
«Depois de 24 anos estamos nos reencontrando», disse García Granda, e lembrou o ano de 1998, quando a reunião foi realizada em um resort de Varadero, na presença do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, que Cuba recebeu.
«Gostaríamos de agradecer ao senhor Sollazzo por ter escolhido, pela segunda vez, o país caribenho como anfitrião». Granda compartilhou a certeza de que este 13º Congresso contribuirá para impulsionar as relações de investimento, negócios e comércio entre Cuba e Itália, e com os países onde existem comunidades deste amigável país europeu.
«Bem-vindo a uma Cuba que vive e trabalha», disse o ministro aos presentes no Salão 1930, e convidou a todos para desfrutar dos benefícios da Ilha.
Como sinal de gratidão pelo apoio inesquecível de Cuba à Itália durante os dias difíceis da pandemia, Angelo Sollazzo apresentou ao presidente Díaz-Canel o Selo de Homem do Ano da CIM. «É uma distinção», disse o presidente da Confederação, «que é concedida a poucos no mundo». Na frente de todos, Sollazzo confessou que era uma honra para ele distinguir o presidente.
Angelo Sollazo também entregou ao ministro da Saúde Pública de Cuba, dr. José Angel Portal Miranda, o Prêmio CIM do ano. O texto do diploma dizia: «No momento mais dramático da pandemia da Covid-19 que atingiu a Itália com milhares de mortes, os médicos cubanos, com um grande espírito de sacrifício, mostraram ao mundo o que significa solidariedade e amizade. Obrigados por sua presença na Itália, prova de grande generosidade».
«Obrigado, obrigado, obrigado», disse Sollazzo a Portal Miranda, por tudo o que os filhos de Cuba ajudaram os cidadãos italianos atingidos pela Covid-19.
A CIM reúne italianos nos diferentes países onde há emigração daquele país europeu. O 13º Congresso contará com a presença de representantes dessas comunidades, que estão particularmente interessados em questões como o desenvolvimento do turismo em Cuba. O conclave incluirá mesas redondas sobre investimento estrangeiro, construção, energia e turismo.