Santiago do Chile (Prensa Latina) O Equador enfrenta um evento eleitoral significativo em menos de duas semanas, em que se prevê uma vantagem de sete pontos para o candidato presidencial da oposição União Por la Esperanza (UNES), Andrés Arauz, sobre a extrema direita Guillermo Lasso.
Lembremos que a eleição de Moreno em 2017 – em substituição ao ex-presidente Rafael Correa – proporcionou um claro controle manual do Equador de maneira favorável aos interesses do governo dos Estados Unidos e aliados internos.
Durante esses anos, representantes de estruturas criminais internas consolidaram seu poder e agora tentam assumir o governo. O candidato presidencial pró-americano Guillermo Lasso se envolveu em uma série de escândalos relatados pelo jornalismo investigativo.
Ele é suspeito de evasão fiscal sistemática, além de estar envolvido em atividades de fraude e corrupção bancárias, mesmo durante a grave crise financeira de 1999, durante a qual os equatorianos perderam uma parte significativa de suas economias bancárias em apenas cinco dias.
Além disso, o entesouramento ilegal de obrigações de dívidas estatais da população a preços baixos, através do uso de suas próprias empresas, permitiu a Lasso aumentar seu capital 30 vezes.
A situação no Equador é preocupante, pois o estímulo às ações do ainda atual governo de Lenín Moreno, incentivado por Washington, intensifica a possibilidade de uma grave crise socioeconômica e leva a um agravamento das tensões políticas e sociais.
Levando em conta a qualificação favorável para uma eventual vitória de Andrés Arauz, o governo dos Estados Unidos intensificou as ações de seus órgãos de inteligência e desestabilização para desacreditar o partido ‘Centro Democrático’ e impedir seu triunfo. O jogo sujo está na ordem do dia.
É claro que a dicotomia nessas eleições é soberania ou dependência. Se o povo equatoriano não quer que Washington domine seu futuro, obtendo controle total sobre os processos políticos internos da república -que implica domínio de recursos estratégicos e submissão total-, então a escolha de a quem conceder seu voto é o 11 de abril tem apenas um nome: Andrés Arauz.
A vitória de Arauz prevê mudanças positivas para a população em geral e os indígenas em particular, procurando assim, prioritariamente, resolver as suas necessidades mais sentidas, bem como avançar em melhorias significativas em matéria de representação política no poder, a economia, e cultura e religião.
O Equador exige uma política de proteção do Estado que não é concedida pela extrema direita, precisa de proteção em amplas esferas, que é o objetivo da candidatura de Arauz.
Do contrário, o Equador enfrentará uma dependência total daquele ‘norte brutal e turbulento’ e com ele novos anos de instabilidade e empobrecimento de grande parte da população. O que a nação sul-americana pode esperar neste 11 de abril. Eu insisto: independência ou subordinação.
* Artigo fornecido por www.segundopaso.es