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sexta-feira, 26 julho, 2024

O mundo convive com o maior número de conflitos armados

Estocolmo (Prensa Latina) O número de conflitos armados em que vários Estados estiveram envolvidos aumentou para 59 no último ano e o mundo vive hoje o maior número destes processos desde que começaram a ser contabilizados em 1946.

Isto foi confirmado por um estudo do Uppsala Conflict Data Program (UCDP) da Universidade de Uppsala, na Suécia, que indica outros picos anteriores registados em 2020 e 2022, cada um com 56 guerras.

A definição de guerra na qual se baseia este estudo concebe um conflito que resulta em pelo menos mil mortes num ano.

Esta investigação indica também que 2023 foi um dos anos mais sangrentos desde que a UCDP começou a recolher dados sobre mortes em conflitos em 1989, com 154 mil vítimas mortais envolvidas em eventos militares.

Houve nove guerras em 2023, uma a mais que no ano anterior e o maior número desde 2017, aponta o estudo.

Salienta também que a maior parte destes conflitos ocorre em África e sublinha os efeitos da guerra civil no Sudão, considerada a mais mortífera do ano, depois das da Ucrânia e de Israel na Palestina.

Alerta também para as consequências drásticas para os civis e salienta que milhares de pessoas foram vítimas deste tipo de violência em conflitos no Sudão, Burkina Faso, Israel e Myanmar, entre outros.

“Pelo nono ano consecutivo, o Estado Islâmico, também conhecido como Daesh, foi o grupo que matou mais civis em violência unilateral. O grupo esteve ativo em 16 países diferentes onde praticou diversos atos como tiroteios, decapitações e grandes ataques suicidas coordenados”, refere a investigação da universidade sueca.

Alerta também que a violência entre gangues ganhou terreno nos últimos meses e em países como a França e a própria Suécia, estes conflitos tiveram consequências drásticas.

“Muitos dos padrões que caracterizam a violência dos gangues nas estatísticas do UCDP também podem ser observados na Suécia, tais como ondas de violência desencadeadas por divisões e alianças, e o surgimento de perpetradores cada vez mais jovens”, indica o texto do UCDP.

Por outro lado, revela que a maioria dos conflitos não estatais ocorre na América Latina, dos quais os mais sangrentos ocorreram no México e no Brasil, associados à violência nas cidades e nas rotas do tráfico de drogas.

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