Tokio, (Prensa Latina) Recordam alguns meios hoje, que o maior roubo de criptomonedas do mundo o sofreu em Japão o Coincheck por mais de 500 milhões de dólares, o que pôs em teia de julgamento este mecanismo financeiro.
Uma das casas de mudança de criptomonedas maiores de Japão sofreu um duro golpe, quando seus representantes disseram que uns hackers lhes roubaram ativos virtuais por um valor de 534 milhões de dólares.
Coincheck congelou os depósitos e retiros de todas as criptomonedas, excepto de Bitcoin. Suas perdas foram em NEM, uma moeda virtual menos conhecida, mas que se encontra entre as 10 primeiras, segundo a capitalización de mercado.
Atendendo às cifras dadas a conhecer pela companhia, analistas sustentam que é o roubo de moeda digital maior do mundo, disse oportunamente a corresponsal da BBC em Beijing, Celia Hatton. Outra casa de mudança de Tokio, MtGox, avariou em 2014 após admitir que lhe tinham roubado 400 milhões de sua rede.
Os hackers irromperam em 2017, disse Coincheck em um comunicado, mas o roubo não se descobriu até quase oito horas e meia depois. O diretor de operações da companhia, Yusuke Otsuka, disse que enviaram 523 milhões de NEM desde a direção NEM de Coincheck.
‘Têm um valor de 58 bilhão de ienes, segundo o valor que tinham quando detectamos o roubo’, disse aos jornalistas na Carteira de Valores de Tokio. Coincheck ainda estava avaliando quantos clientes foram afetados e tratando de estabelecer se os hackers tinham atuado desde Japão ou outro país.
Coincheck abriu em 2012 e desde agosto de 2017 emprega a 71 pessoas. Sua sede encontra-se no distrito de Shibuya, uma área popular de Tokio entre as start-ups e onde também estava MtGox, informa Bloomberg. Em 2017, Coincheck começou a anunciar na televisão nacional com o popular comediante local Tetsuro Degawa.
Kunihiko Sato, um cliente de Tokio de 30 anos, disse-lhe à agência Kyodo que tinha depositado 500 mil ienes (quatro mil 600 dólares) na casa de mudanças. Em 2014, MtGox perdeu ao redor de 850 mil bitcoins. Mas mais tarde encontrou 200 mil bitcoins em uma ‘billetera digital’ antiga.
‘Isto é como a Coisa Nostra’: assim opera o clube exclusivo e clandestino da mineração de bitcoins e outras criptomonedas.
‘Japão é um dos países do G20 com maior comércio de criptomonedas e não quer o reprimir. De modo que será interessante como os reguladores japoneses respondem a isto, se é que o fazem’, agregaram os especialistas.
Em um mundo tão cambiante, onde as tecnologias informáticas dominam já muitos setores, não seria estranho augurar que as finanças globais sucumbam em um futuro próximo -já ocorre- ante as moedas eletrônicas, ejemplificadas hoje com o tão contraditório Bitcoin.
Esta possibilidade uns experientes apreciam-na desde o ponto de vista de beneficiar aos delinquentes digitais, ou às grandes máfias do Planeta, enquanto outras vozes vêem-no mais como uma independência financeira dos bancos centrais e a hegemonía dos poderosos.