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sexta-feira, 29 março, 2024

O GOLPE DESPEDAÇADO ASSOMBRA OS GOLPISTAS

Grevistas em SP fizeram visitinha à mansão do MT (Largo do Batata, São Paulo, 28 de abril de 2017. Foto: Ricardo Stuckert)

VOLTARÁ A VIDA A SORRIR?
Pedro Augusto Pinho*
Deveria haver em todos, golpistas e golpeados, alguma apreensão sobre a greve geral convocada por centrais sindicais, movimentos populares, estudantes e funcionários públicos para a sexta-feira, 28 de abril de 2017.
A pressão era esperada de toda parte, principalmente do governo golpista que procurava acelerar a aprovação das medidas que mais profundamente atingiriam a classe trabalhadora. Analistas ironizavam: era a colaboração do MT (da lista da Odebrecht) para sucesso da greve.
Obviamente a grande imprensa, canais de televisão, pagas e abertas, buscavam ignorar a greve. Como o fizeram com as diretas já e até com o jogo de volei, quando ainda não ganhara popularidade.
Mas a realidade acaba por se impor à fantasia. Até pessoas sem qualquer credibilidade, como os assalariados tucanos de movimentos do tipo Brasil Livre e similares, foram convocados para fazer o que melhor sabem: deturpar fatos, conspurcar honras, desvirtuar informações.
Ouvi de comentarista de jornal televisivo que a “reforma” trabalhista, que retrocede a situação operária  à República Velha,  era um “avanço”“por permitir a liberdade de negociação daquele que emprega com aquele que precisa do emprego. Certamente esta pobre alma jamais ouviu falar em paridade participativa como condição essencial da democracia e da liberdade.
Para a infelicidade destes inimigos do povo trabalhador, é noticiado o mais alto nível de desemprego dos últimos anos, 13,7%, uma verdadeira comemoração de aniversário do golpe de 2016.
Mas tratemos das informações que as redes sociais e, não podendo enfrentar a total desmoralização, as redes de televisão mostram neste início de noite de 28 de abril.
Antes vamos recordar o ridículo a que se expôs o Ministro da Justiça (!), ainda pela manhã, dizendo que eram baderneiros que queriam impedir o trabalhador de executar suas tarefas.
O que vimos, em quase todo território nacional, foram milhares de pessoas, em movimentos pacíficos, manifestando sua repulsa a retirarem parcelas de seus salários para engordar os lucros dos banqueiros e dos rentistas.
E chegamos ao cerne do golpe: retirar direitos, logo valores ganhos pelo trabalho, para transferir estes ganhos para o sistema financeiro internacional. É isto, e tão somente isto, que tem o título de reformas, de modernização, de liberdade contratual e outros nomes pomposos para o que é um esbulho.
Fica evidente, como já mostravam pesquisas de opinião, que o povo não se engana. Há um ou outro mais ignorante ou fraco de personalidade, que se encanta aparecendo na imprensa como bobo dos poderosos, para pedir que lhe tire salário, aposentadoria, educação ou saúde. Há também os coxinhas que  fazem por dinheiro, sob diversas formas, este ridículo papel, e ainda falam da corrupção, dos outros.
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Mas a grande maioria do povo não é de briga nem de violência, como ficou demonstrado nesta greve bem sucedida, mas também compreende que o Brasil vive a ocupação de interesses estrangeiros, que municiaram o golpe de 2016, como o fizeram em 1964, em 1989, e em tantos momentos de nossa história.
E agora? Vitoriosa a greve devemos esperar maior agressão destas forças antinacionais, antipopulares?
Penso até que o espírito bélico dos agentes da banca (o sistema financeiro ou a nova ordem mundial) procura exatamente isto: pretexto para guerra, Vemos os sinais na Europa, na Ásia, nas agressões à Venezuela, nestes terrorismos que os rentistas promovem com seus agentes infiltrados em movimentos islâmicos, e o Brasil com suas riquezas é um alvo muito desejado.

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Precisamos estar atentos. A greve foi um sucesso, mas pode ser uma armadilha da banca. Elementos infiltrados, falsos populares, podem estar montando, com incêndios, depredações, invasões de prédios públicos e privados o pretexto para a violenta repressão que leve à guerra civil.

*Pedro Augusto Pinho é avô aposentado

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