A doutora Karina Acevedo é uma cientista de referência a nível internacional que atuou no Covid-19. Através do grupo de comunicação “Akasha Comunidad” tem informado a todo momento, baseando-se sempre em documentação científica e em estudos contrastados, sobre questões de máxima relevância para a nossa saúde.
Devido ao alerta dado sexta-feira pela OMS (de maneira unilateral pelo seu Diretor-Geral) a respeito da varíola do macaco, a doutora fez uma série de advertências de grande interesse e relevância, que aqui se reproduzem.
“Há algumas horas Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor da OMS, declarou que a varíola do macaco constitui uma Emergência Internacional de Saúde Público. Fez isso apesar de o comité assessor ter votado contra: seis dos nove assessores desse comité votaram contra tal declaração. Suponho que quando se tem muito claro o que se deseja fazer e se segue ao pé da letra um libreto ou o mandato daqueles que dão as ordens, pouco importa que o comité assessor não esteja de acordo. O que era preciso era declarar emergência internacional e pronto.
Ler esta notícia foi um golpe para mim, confesso, porque estou há semanas (ou meses?) preocupada pela situação que se desenvolveu, passo a passo, em torno dos casos que estão a ser denominados “pox do macaco” ou “varíola do macaco”. Esclareço que a minha preocupação não é em relação ao vírus em si mesmo, nem em relação à doença que este possa causar em pessoas suscetíveis. Nada disso! Como expliquei anteriormente, o vírus não é novo, foi detectado há décadas mediante isolamento (sob a definição de isolamento em virologia) e sequenciação a partir de lesões, e é um agente que tem a particularidade de não poder infetar facilmente o ser humano a partir dos hospedeiros comuns (que não são macacos e sim roedores, caso tenham curiosidade) e entre humanos é ainda menos fácil que infete. Quando o faz e se dão as condições para que ocorra a doença, costuma provocar lesões auto-limitantes, que nem sequer deixam sequelas se se evitarem as infeções secundárias com bactérias (recomendo que vejam a entrevista que fiz ao Dr. Oyewale Tomori, virólogo ex-assessor da OMS para varíola do macaco em África.
Não, a preocupação que tive e que me levou a dar uma série de palestras sobre o tema a pequenos grupos de médicos nos últimos meses, é que ocorresse exatamente o que se está a passar: que a OMS acabasse por declarar um “estado de emergência internacional” e que dentro desse contexto propusesse a vacinação contra a varíola humana em escala global (a “lógica” que comunicam aqueles que movem os fios da humanidade ao usar uma vacina contra outro vírus é que parece conferir certa proteção cruzada contra o vírus do pox do macaco). Além disso, hão de saber que, numa dessas coincidências perfeitas, acaba de ser autorizada há pouco tempo (fins de 2019) uma vacina contra a varíola a ser usada para imunizar contra o pox dos macacos.
E qual é o problema de começarem a vacinar os incautos e obedientes com estas outras vacinas?
1) Essas vacinas são de tipo vírus atenuado (ou seja, o vírus foi passado por várias condições nas quais “sacrificou” sua capacidade fazer dano, mas pode continuar a replicar-se. O vírus é viável, mas não causa uma doença grave). Há duas vacinas autorizada até à data: Imvamune (também conhecida como JYNNEOS e Imvanex) e ACAM2000. A ACAM2000 é de tipo vivo atenuado replicante, que usa o vírus vaccínia (pox vírus das vacas) – e é com o que se vacinava contra a varíola originalmente. A Imvamune é de tipo vivo atenuado não replicante que usa uma estirpe de vaccinia Ankara-Bavarian-Nordic (MVA-BN).
2) A vacina contra a varíola está associada a cardiomiopatías e alterações cardíacas diversas, além de outros padecimentos. De facto, uma busca no VAERS mostra que foram registados 5716 reportes de eventos adversos pós-inoculacão contra varíola nos Estados Unidos desde 1990, ano em que começaram a registar eventos. Isso é alarmante, já que não se administraram muitas vacinas de varíola depois de 1972, porque a doença já estava erradicada e não se deve vacinar contra um patógeno já erradicado, e muito menos com vacinas atenuadas. Se tiverem curiosidade, façam a busca no VAERS. Já expliquei como num vídeo de meses atrás.
3) Neste momento, em plena maratona-do-medo e com duas, três ou quatro inoculações contra o COVID-19 no corpo de mais da metade da população humana, muitos estão imunosuprimidos (as plataformas vacinais baseadas em ARNm e em vetores adenovirais das inoculações COVID-19 podem induzir um estado de desregulação imune). É conhecimento básico (ou deveria sê-lo, uma vez que todos os livros de imunologia – suponho que editados antes de 2020 – o explicam) de qualquer monólogo, médico ou médico veterinário, que não se devem utilizar vacinas de vírus atenuados em pessoas imunodeprimidas. Por que? Pelo risco de que nessa pessoa se “reverta a uma alta virulência” o vírus da vacina e provoque a doenças que se procura evitar. Por outro lado, não temos ideia – não há um só estudo a respeito – do que provocará a alguém inoculado contra o COVID-19 receber essa vacina contra a varíola, que já está associada a problemas cardíacos como evento adverso. Qualquer médico/ político/ farmacêutico que diga que “é seguro fazê-lo” está a mentir, porque não existe nenhuma informação a respeito. Não uso essa palavra de maneira ligeira: é assim: quem neste momento disser “não se passa nada, é completamente seguro” está a mentir. Se me mostrarem um só estudo científico publicado antes do dia de hoje, 23 de Julho de 2022, no qual se haja avaliado o risco e as reações adversas que se possam dar depois de receber a vacina ACAM2000 ou Imvamune em pessoas previamente inoculadas com uma, duas, três, quatro inoculações COVID-29, tanto de ARNm como as baseadas em vetores adenovirais, e que o tempo de acompanhamento dos sujeitos seja biologicamente relevante, apresentarei uma desculpa pública aos ofendidos por os haver chamado de mentirosos.
4) Por outro lado, como indicamos no Guia, é muito possível que muitos desses “casos” tratem na realidade de outros padecimento vesículo-pustulares, que se tornaram mais frequentes agora que foram aplicadas as inoculações COVID-19 (por mecanismos que já expliquei anteriormente neste canal e em palestras). Se isso for assim, exatamente a que a OMS está a dar o caráter de Emergência Internacional em Saúde Pública? A única emergência internacional neste momento é a do síndrome pós-inoculação COVID-19.
5) Se aceitássemos de boa-fé (afinal, inspiram muita confiança os peritos em saúde pública, não?) que 100% dos 528 “casos de varíola do macaco” relatados a nível mundial entre Janeiro e Junho de 2022 se tratam efetivamente de varíola do macaco, não devemos perder de vista que em 98% dos casos tratavam-se de homens homossexuais ou bissexuais e que 41% tinha VIH-SIDA concomitante, com uma média de idade de 38 anos. Isso quer dizer em definitivo que não se trata de um problema que afeta potencialmente a todos. Além disso, 95% dos casos transmitiu-se de forma sexual entre os afetados. E para coroar o bolo, não se verificou uma só morte (ver Thornhill e colaboradores 2022). Gostaria muito de compreender porque as “autoridades sanitárias” e os “peritos” consideram que isto justifica começar a vacinar indiscriminadamente “pessoas de risco: imunodeprimidos, etc”. O que é que pretendem alcançar? Ou será que sabem perfeitamente o que desejam alcançar?
Sinto muito compartilhar isto convosco num sábado, mas afinal somos uma comunidade que procura informar-se com veracidade e as notícias relevantes ou urgentes nem sempre esperam a segunda-feira.
Não gosto nada do alarmismo, nem das previsões apocalípticas, nem da fobifilia, mas quando o senso comum se junta com o conhecimento, por vezes é possível ver cenários que a todo custo queremos evitar. Uma vez que os vemos, não fazer algo a respeito parece-me que beira nos tornarmos co-responsáveis. O assunto é que não sei o que mais posso – podemos – fazer para ajudar a que não permitamos que, agora, a narrativa seja a de “por causa da varíola do macaco há uma necessidade imperiosa de vacinar e de isolar as pessoas”.
Não sei que mais fazer! Suponho que se desta vez as pessoas – a humanidade – não caírem redondamente, como fizeram com o COVI-19, haverá esperança. Mas se médicos, autoridades, reitores de universidades, representantes religiosos, professores, diretores e gerentes de empresas, pais de família, lojistas, etc voltarem a aceitar o que lhes disserem sem questionar, pois, talvez simplesmente se trata de algo que a humanidade decidiu aprender a mal. Espero que não seja essa nossa escolha.
Confesso que há momentos, como hoje, em que sinto uma profunda tristeza pelo que é capaz de fazer o ser humano quando se deixa corromper por dinheiro, por poder, ou pela crença de ser dono deste planeta. Isso me passará porque, sabem? o amor que se sente por querer ajudar os outros é sempre mais forte que a tristeza”.
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