Tropas russas durante uma manobra militar no campo de treinamento de Tsugol, na Sibéria, em 13 de setembro de 2018. (Foto: AFP)
Hispantv – A Assembleia Nacional da Nicarágua aprova a entrada de tropas, navios e aeronaves das Forças Armadas Russas na Nicarágua para atividades humanitárias.
O Parlamento da Nicarágua aprovou nesta terça-feira a entrada de pessoal e armas de vários países, incluindo Cuba, Venezuela e Rússia no país centro-americano, em resposta ao pedido urgente do presidente do país, Daniel Ortega, para participar de operações “em contra crimes” no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico durante o segundo semestre deste ano.
Segundo relatos, a aprovação foi autorizada com o voto de 78 parlamentares, dos 91 deputados que compõem o Parlamento do país.
Os deputados também denunciaram uma campanha midiática “suja” lançada contra a entrada de tropas russas na Nicarágua, considerando uma traição a posição de alguns Estados sobre a decisão nicaraguense de defender sua soberania com a ajuda dos países com os quais mantém relações diplomáticas e militares relações.
Por sua vez, o chefe da Comissão de Defesa e Segurança, Filiberto Rodríguez, atacou as declarações do subsecretário de Estado norte-americano para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, que criticou a entrada de forças do país eurasiano na Nicarágua. Ele enfatizou que Manágua não é uma ameaça à segurança regional.
Rússia cooperará com a Nicarágua em vários campos, inclusive militar | HISPANTV
A Rússia continuará a fortalecer a cooperação com a Nicarágua em todas as áreas, inclusive militar, afirmou o embaixador russo em Manágua.
A notícia vem à tona, enquanto no início deste ano a Rússia prometeu fortalecer sua cooperação com a Nicarágua, Cuba e Venezuela, incluindo o “técnico militar”. Segundo Moscou, esses países precisam de ajuda militar “mais do que nunca” para enfrentar “ameaças externas” em meio às tensões com os Estados Unidos.
Para a Nicarágua, a Rússia tem sido uma aliada que se manteve ao seu lado mesmo em um momento em que os Estados Unidos bloquearam economicamente o país latino-americano com o objetivo de gerar descontentamento popular e encerrar o mandato do presidente Daniel Ortega.