Palestinos evacuam a área após um ataque aéreo israelense à mesquita Sousi em Gaza, 9 de outubro de 2023. (Foto: AFP)
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu retoma o massacre de crianças e mulheres na Faixa de Gaza com sinal verde do presidente dos EUA, Donald Trump.
Por: Iqbal Jassat *
A intensidade dos ataques mortais com mísseis e bombardeios na Faixa de Gaza sitiada não apenas marcou a continuação do genocídio de palestinos pelo regime colonial, mas também uma rejeição resoluta do cessar-fogo que o mesmo regime havia concordado.
A liderança criminosa do regime assassino de crianças — particularmente Benjamin Netanyahu, que está na lista de procurados do Tribunal Penal Internacional — buscou todos os pretextos para retomar o massacre de civis inocentes em Gaza.
Apesar da chamada “calma” durante a primeira fase do cessar-fogo, Israel estava ansioso para derramar mais sangue palestino, somando-se aos milhares de mártires desde 7 de outubro de 2023.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (à esquerda) e o presidente dos EUA, Donald Trump.
Durante a noite, enquanto os palestinos deslocados — sujeitos ao bloqueio desumano de alimentos, combustível, remédios e outros itens essenciais imposto pelo regime sionista — preparavam refeições Suhoor em tendas de plástico improvisadas e prédios bombardeados durante o mês de jejum do Ramadã (o nono mês do calendário lunar islâmico), Netanyahu desencadeou outra onda de terror sobre eles.
Em questão de minutos, mais de 400 civis foram mortos, principalmente mulheres e crianças. Mais de mil pessoas ficaram feridas, sem condições de receber tratamento médico.
Relatos indicam que os atuais ataques militares são mais mortais e de maior alcance do que os ataques aéreos sofridos por Gaza, já que Netanyahu violou repetidamente os termos originais do cessar-fogo.
Em resposta a essa agressão, o Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), sediado em Gaza, condenou Israel por não cumprir suas obrigações e por anular o acordo de trégua.
Israel, que violou repetidamente o cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro, tentou fabricar novos termos para justificar sua violação completa do acordo.
Os jornalistas Jeremy Scahill, da Drop News, e Abubaker Abed, da Press TV, observaram que, desde janeiro, Netanyahu tem travado uma campanha de sabotagem e provocação, violando abertamente o acordo ao obstruir e bloquear diretamente as entregas de ajuda à Faixa de Gaza.
Embora alimentos e outros suprimentos tenham sido permitidos durante a primeira fase do acordo de 42 dias, Israel se recusou a permitir a entrada de quase todas as 60.000 casas móveis e admitiu apenas uma fração das 200.000 tendas em Gaza.
Enquanto Netanyahu tentava culpar o Hamas com acusações forjadas de minar o cessar-fogo, a realidade é que Israel impôs um “bloqueio total a toda a ajuda, incluindo alimentos e suprimentos médicos, para a Faixa, e retomou sua política de usar a fome como arma de guerra”.
No domingo, Israel também cortou o fornecimento de eletricidade para Gaza, forçando uma grande usina de dessalinização a reduzir drasticamente a produção de água, limitando severamente o fornecimento de água potável para 600.000 pessoas em Deir al-Balah e Khan Yunis.
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