Em encontro com movimentos sociais, Evo Morales convocou a população a defender os governos anti-imperialistas da América Latina (ABI)
“Aos movimentos sociais de Argentina, Venezuela, Brasil: não podemos permitir que a direita e os capachos do imperialismo voltem a governar na América Latina. Se somos movimentos sociais, temos a obrigação de combater com mais informação e unidade”, disse o presidente boliviano, Evo Morales, em discurso na cúpula internacional, realizada em La Paz neste sábado (23), em comemoração aos 10 anos de seu governo no país.
Por Vanessa Martina Silva
Durante o encontro de movimentos sociais, Evo ressaltou: “temos a tarefa de defender tanto a Revolução Bolivariana da Venezuela e a Revolução Cidadã do Equador, como as transformações sociais realizadas por Lula e Dilma no Brasil e por Néstor e Cristina Kirchner na Argentina”.
Ele lembrou ainda que, quando chegou ao governo recebeu grande apoio dos ex-presidentes Néstor Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil): “não podemos esquecer que nos ajudaram quando precisávamos” e fez um chamado de especial atenção com relação à Venezuela: “Não podemos abandonar esses governos, muito menos o presidente [Nicolás] Maduro. Temos a obrigação de defender nossos líderes anti-imperialistas que hoje estão presidentes”.
Evo ressaltou ainda que, apesar de muitos acharem que na Bolívia o império foi derrotado, “enquanto existir imperialismo e capitalismo, a luta seguirá. Nossa obrigação é sermos propositivos. Rechaçarmos a propormos algo diferente”.
O mandatário indígena lembrou a importância simbólica de ter chegado ao poder: “após tantos séculos de luta eu me lembro que diziam que tínhamos que passar da resistência à tomada do poder, que nos governássemos a nós. Quero dizer ao movimento indígena que na Bolívia cumprimos esse mandato, após 500 anos da invasão europeia. Nas distintas épocas de dominação colonial o que fizeram? Sempre tentaram nos dividir para nos dominar, roubar ou saquear economicamente”.
E concluiu: “Com luta, unidade e debate, chegamos onde estamos, com o apoio do povo boliviano. Eu estou orgulhoso dos movimentos sociais bolivianos que garantiram a estabilidade política e econômica do país ao me eleger presidente”.
Fonte: Opera Mundi