Cartagena, Colômbia, (Prensa Latina) O ex-presidente do Uruguai José Mujica disse ontem aqui que o custo da tolerância é infinitamente menor que o custo da guerra, em reunião de balanço sobre a assinatura do Acordo de Paz na Colômbia.
‘Há que aprender a tolerar, a viver com a diferença’, enfatizou Mujica, quem considerou que é necessário tempo para a reconciliação.
‘Desejo de todo o coração que o fantasma da guerra não caminhe pelas ruas, pelos morros, pelas serras, pelas selvas de América Latina’, afirmou no final do encontro em que o partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) expressou forte preocupação pelo difícil momento que a paz atravessa.
‘Naturalmente há dificuldades; não é um problema das FARC e do governo, é um problema da sociedade colombiana, é fundamental que o povo se dê conta que as soluções de um país passam por superar a guerra’, disse o ex-guerrilheiro uruguaio.
A guerra não pode ser um projeto do porvir para ninguém, insistiu.
González e Mujica participaram do diálogo em qualidade de notáveis da Comissão de Acompanhamento, Impulso e Verificação da Implementação dos acordos de paz assinados em Havana.
Por parte da administração de Juan Manuel Santos, acompanharam o presidente do país na reunião de Cartagena, o vice-titular da República, General Oscar Naranjo; o ministro do Interior, Guillermo Rivera; o ministro de Defesa, Luis Carlos Villegas; o alto comissário de paz, Rodrigo Rivera, e o conselheiro para o pós-conflito, Rafael Pardo.
Estiveram presentes pela FARC os dirigentes Iván Márquez, Jesús Santrich, Pastor Alape, Pablo Catatumbo, Rodrigo Granda e Victoria Sandino.