Buenos Aires (Prensa Latina) À beira de completar cinco anos de prisão no sábado, movimentos sociais, líderes políticos e outras personalidades argentinas estão pedindo a libertação da líder social Milagro Sala.
Em uma declaração divulgada às redes sociais, vários grupos exigem a libertação da líder do grupo Tupac Amaru, considerando que se trata de uma ‘perseguição política, judicial e midiática’ promovida por Morales e pelos membros do Tribunal Superior de Justiça da província.
Os signatários enfatizam que o que está acontecendo com Sala tem um objetivo bem definido: dizimar a organização popular que conseguiu quebrar o monopólio das obras públicas habitacionais e construir orçamentos participativos nesta área, o que coloca em xeque o sistema político e econômico de Jujuy.
‘Milagro Sala está na cadeia por ser uma líder político que enfrentou o poder. Ela está na prisão, porque é uma mulher, negra e lutadora’, disse a declaração, denunciando a violação dos direitos humanos e civis contra o líder indígena.
O documento se intitula Por uma democracia sem prisioneiros políticos femininos e masculinos. Liberdade para Milagro Sala. Cinco anos de injustiça. Cinco anos de arbitrariedade e destaca como nesses cinco anos também conseguiram acusar a ativista social de ser o autor de delitos como associação ilícita, fraude em detrimento da administração pública e extorsão.
‘Eles conseguiram colocá-la no banco dos réus, colocá-la na cadeia e fazer com que seu trabalho e sua figura fossem denunciados na imprensa nacional e internacional, mas também vindicados e conhecidos’, aponta o texto.
Em outubro do ano passado, o Tribunal Penal Econômico de Jujuy ordenou a libertação da líder social e outros camaradas, no âmbito do caso Pibes Villeros, um dos muitos abertos contra ela.
A líder do movimento de bairro Tupac Amaru ainda está sob custódia.