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sexta-feira, 29 março, 2024

Morales: Oposição prepara acusação de fraude diante da vitória do Sim

La Paz, (Prensa Latina) O presidente boliviano, Evo Morales, denunciou preparativos da oposição para acusar de fraude os resultados do referendo do próximo domingo 21 diante da vitória do Sim, favoráveis à repostulação do binômio presidencial em 2019.

Vamos ganhar esta votação, afirmou Morales em uma entrevista televisada ontem à noite, em que declarou que o referendo não é uma iniciativa sua ou do vice-presidente Álvaro García Linera, mas dos movimentos sociais e operários para dar continuidade ao processo de mudança.

Revelou que por trás do jornalista opositor Carlos Valverde, que lançou uma acusação contra ele por suposto tráfico de influência para favorecer a contratação de uma ex-esposa na empresa chinesa CAMC, há uma conspiração aberta dos Estados Unidos.

Essa conspiração e campanha de difamação e calúnia está orientada contra o processo democrático da Bolívia, considerou, e disse que há provas de que em 11 de dezembro Valverde se reuniu com três diplomatas dos Estados Unidos na cidade de Santa Cruz.

Destacou sua concordância com o artigo do politólogo argentino, Atilio Borón, publicado no México, ao denunciar personagens de anteriores governos, prófugos da justiça, que a partir de instituições dos Estados Unidos em Washington dirigem a campanha do Não e as ações da oposição.

O que não fizeram os governos anteriores em 180 anos nós o fizemos em 10 anos, declarou, e com o triunfo do Sim temos a tarefa de fazer cumprir a Agenda Patriótica com um investimento mínimo até 2020 de 45 bilhões de dólares em benefício do povo.

Com respeito ao caso de corrupção no Fundo Indígena, esclareceu que assim que o governo foi informado de anormalidades pela Controladoria, decidiu intervir, colocou 29 de seus servidores públicos nas mãos da justiça e mandou investigar mais de 400.

Que seja a justiça que decida sobre a culpabilidade dos mesmos, destacou Morales, depois de reiterar que também foi seu governo quem propôs eliminar a imunidade para os congressistas e que todos os dirigentes devam responder por seus atos diante do Ministério Público.

Sobre a acusação de tráfico de influências, dimensionou, decidimos que a controladoria investigue qualquer um, e destacou que desde 2007 ordenou levantar o segredo bancário sobre qualquer conta do presidente, o vice-presidente ou qualquer dirigente do governo.

Pedimos que fosse formada uma comissão legislativa para que investigue o tráfico de influências, onde quer que esteja, e se a direita quer que a unidade de investigação financeira investigue também, não temos inconveniente, pois disse, não temos nada a ocultar.

Quando a empresa chinesa CAMC não cumpriu os prazos contratados para construir um trecho ferroviário, muito antes da acusação da oposição, se ordenou executar o boleto de garantia, mas a empresa apresentou um recurso de amparo e ganhou temporariamente a demanda.

Desde o momento em que há uma demanda do governo, essa empresa não poderá ser concorrer a nenhum contrato na Bolívia, afirmou Morales, e reiterou que os neoliberais pró-imperialistas promotores do Não carecem de proposta de caráter programático, ideológico.

O que querem nas eleições de 2019, destacou, é que volte o passado neoliberal, tirar os benefícios sociais dos trabalhadores, privatizar as empresas nacionalizadas por este governo e acabar com o processo de mudança na Bolívia.

Os movimentos sociais e nossos profissionais honestos fizemos avançar a Bolívia, disse, vamos continuar trabalhando para eliminar a pobreza, com dignidade, e estamos seguros que igualmente nunca abandonamos o povo, nesta ocasião também o povo não nos abandonará.

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