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sexta-feira, 26 julho, 2024

Moçambique: Ministro diz que eventual extradição de rwandeses requer exame cuidadoso

OLDEMIRO BALOI – MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DE MOÇAMBIQUE (FOTO: ANTONIO ESCRIVÃO)
Maputo – O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, afirmou hoje, segunda-feira, em Maputo que uma eventual extradição de cidadãos do Rwanda, supostamente ,envolvidos no genocídio de 1994 exige um exame cuidadoso.
“O processo de extradição tem duas componentes fundamentais,  uma é a componente política e outra é a jurídica e tudo isto requer um exame cuidadoso”, afirmou Baloi, durante uma conferência de imprensa, no final das conversações entre os presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Rwanda, Paul Kagamé.
Kagame realiza uma visita de dois dias a  Moçambique.
Oldemiro Baloi admitiu que o Governo rwandês quer a extradição de cidadãos do seu país refugiados em Moçambique, supostamente por terem “pendentes” com a justiça rwandesa.
Os dois países, prosseguiu o chefe da diplomacia moçambicana, estão a trabalhar em conjunto para reunir os requisitos necessários à extradição, caso se justifica tal acção.
“Aqui a grande preocupação é garantir que as normas internacionais de apoio ao refugidos sejam respeitadas, assim como Moçambique exige que as pessoas da sua diáspora sejam respeitadas”, frisou Oldemiro Baloi.
Por seu turno, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Rwanda, Louise Mushikiwabo, elogiou a promessa das autoridades moçambicanas de evitar que o país seja usado como plataforma para alegadas actividades de desestabilização contra o Rwanda.
“As conversações entre os dois chefes de Estado serviram também como uma oportunidade para o Presidente moçambicano,Filipe Nyusi, afirmar, felizmente, que este país amigo não será usado para actividades de desestabilização contra o Rwanda”, disse Mushikiwabo.
Dados do Governo moçambicano indicam que vivem no país pelo menos três mil rwandeses com estatuto de refugiados e requerentes de asilo.
Kigali acusa alguns rwandeses residentes em Moçambique de envolvimento no genocídio de 1994, que matou pelo menos um milhão de pessoas da etnia minoritária tutsi e membros moderados da etnia hutu, a maioria no país.

http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/africa/2016/9/43/Mocambique-MNE-mocambicano-diz-que-eventual-extradicao-rwandeses-requer-exame-cuidadoso,becc4ee0-e679-49e9-88ce-58164a1b0379.html

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