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quarta-feira, 9 outubro, 2024

Milhares de pessoas marcham no Chile para exigir o fim do genocídio contra a Palestina

Santiago do Chile, 8 de junho (Prensa Latina) Uma extensa marcha ocorreu hoje no Chile para exigir a cessação total dos bombardeios sionistas contra a Faixa de Gaza, bem como o rompimento das relações comerciais, militares e diplomáticas com Israel.

Por Amílcar Morales

Os manifestantes caminharam vários quilómetros pela avenida La Alameda, na capital, pararam em frente ao Palácio de la Moneda, sede do Executivo, e terminaram com um evento político-cultural no chamado Bandejón de Los Héroes.

Milhares marcham no Chile para exigir a cessação do genocídio contra a Palestina

Hoje estamos aqui para sensibilizar a população e conscientizar quem não conhece a tragédia que ocorre na Faixa de Gaza, disse à Prensa Latina o professor chileno Felipe Salas.

É, acrescentou, um genocídio como nunca antes visto, porque é televisionado e partilhado através das redes sociais a milhares, talvez milhões de olhos em todo o mundo, dando um sentimento muito forte de impunidade.

Entretanto, Mila Belén, uma das organizadoras da marcha, garantiu a esta agência que existe um compromisso muito forte com a Palestina entre a sociedade civil, movimentos sociais, estudantes e outros.

Cada vez mais se cria uma consciência cidadã na população para esta situação de genocídio, afirmou.

No evento realizado no final da caminhada, Tania Melnik falou em nome do grupo de judeus anti-sionistas contra a ocupação da Palestina e o apartheid.

Milhares marcham no Chile para exigir a cessação do genocídio contra a Palestina

Os judeus, disse ele, sofreram perseguições muitas vezes na história e é por isso que há décadas fizeram o juramento “Nunca mais”, não só por aquele povo, mas por toda a humanidade em qualquer parte do mundo.

“No entanto, hoje os acontecimentos se repetem e não apenas na Palestina, porque não devemos esquecer os nossos irmãos de outros países, nem o genocídio contra os povos indígenas, saqueados, assassinados e com as suas culturas sequestradas”, acrescentou.

O activista lembrou que o Judaísmo não é Sionismo, porque este último é um movimento racista, uma ideologia fascista, colonial e genocida.

Melnik reconheceu a vontade do governo chileno de aderir ao processo da África do Sul contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça, mas especificou que isso não é suficiente porque todos os laços com Tel Aviv devem ser cortados.

Representantes do movimento estudantil participaram da atividade, realizando protestos e acampando em solidariedade ao povo da Palestina e exigindo o fim das relações acadêmicas com as universidades de Israel.

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