Bogotá, 19 nov (Prensa Latina) Convocados pelo Comitê Nacional de Desemprego, milhares de colombianos tomarão as ruas hoje para exigir o respeito à paz e a democracia, o fim da violência e melhores condições nas instituições educacionais.
Arauca, Armênia, Barranquilla, Cali, Cartagena, Cúcuta, Florencia, Guaviare, Ibagué, Manizales, Medellín, Montería, Pasto, Pereira, Popayán, Quibdó, Riohacha, Santa Marta, Tunja, Valledupar, Villavicencio, Yopal e a capital Bogotá serão palcos dos protestos.
O Governo de Iván Duque não dialoga nem negocia, afirma em nota a Central Unitaria de Trabajadores (CUT), como premissa para fomentar protestos que, asseguram os organizadores, serão sempre pacíficos e respeitarão os protocolos de saúde para evitar a propagação da Covid-19.
O reconhecimento dos direitos da negociação coletiva é a possibilidade de avançar no caminho do diálogo social, enfatizou Edgar Mojica, secretário-geral da CUT.
Entre as demandas estará também a discussão do documento emergencial, que contempla 104 pontos e levanta a necessidade de uma renda básica, a proteção da mulher e de setores vulneráveis, o resgate de pequenas e médias empresas e a revogação do decreto 1.174 sobre o piso de proteção social.
O Partido Alternativa Revolucionaria del Común (FARC) enfatizou seu apoio às manifestações e reafirmou suas denúncias sobre a violação dos Acordos de Paz por parte do Governo Nacional.
As ruas estarão cheias como rios de pessoas. Somos signatários da paz, não queremos mais mortes, afirmam as FARC em sua conta no Twitter.
Por sua vez, Pedro Herrera, presidente do Sindicato Único de Educadores Bolívar, disse que a greve servirá para exigir melhor adequação das instituições de ensino e garantir o retorno às aulas de forma organizada, responsável e segura em tempos de nova pandemia. Coronavírus SARS-CoV-2.
A greve também contará com a adesão da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação, do Sindicato Nacional de Diretores de Ensino, da Associação Colombiana de Representantes de Estudantes do Ensino Superior e do Serviço Nacional de Aprendizagem, entre outras organizações.
Em 21 de outubro, outra greve nacional foi realizada para exigir o cumprimento dos Acordos de Paz, o respeito pela vida dos líderes sociais e para protestar contra a reforma trabalhista e previdenciária promovida pelo Gabinete de Duque.