Cidade do México (Prensa Latina) Um conjunto de fatores negativos, como discrepâncias, ambições, desconfiança e incerteza na distribuição de poderes, mantém os três partidos da oposição mexicana para trás na busca por seu candidato presidencial.
Por: Luis Manuel Arce Isaac
Os partidos Ação Nacional (PAN), Revolucionário Institucional (PRI) e Revolução Democrática (PRD) devem eleger dois representantes cada, que se juntarão a duas propostas da sociedade civil para trazer oito pré-candidatos à luta para escolher entre eles apenas um como candidato ao Palácio Nacional em 2 de junho de 2024.
Apesar de tentar copiar o que já estão fazendo seus opositores governistas da coligação Juntos Haremos História, que já tem seus seis pré-candidatos e o roteiro da pesquisa popular para escolher o candidato está bem definido, a oposição ainda não dado o primeiro passo concreto neste sentido.
Há muitas diferenças entre eles e muitos pré-candidatos listados, mais de 40, e muitos compromissos pessoais e de grupo difíceis de cumprir.
A diferença com Juntos Faremos História é que enquanto esta é uma coalizão tradicional, organizada, com regras certas, Va por Cuba é uma aliança de interesses relativamente comuns, mas com objetivos diferentes a partir do poder particular de cada um em meio a uma guerra interna de posições.
A referida aliança não vê outra saída para a resolução dos conflitos senão ir também a eleições abertas aos cidadãos com voto livre, secreto e directo, mas com os mesmos padrões de obliquidade que sempre se aplicaram nas eleições presidenciais ao longo dos anos, daí a tão forte competição e gastar dinheiro antes mesmo de iniciar esse processo trilateral.
Os três partidos são obrigados a agradar não só os aspirantes, mas também seus seguidores para financiar suas atividades, fóruns, passeios e conseguir debates menos ofensivos inadequados para uma aliança, tudo isso esbarrando em uma evidente fraqueza, insuficiência e pouca credibilidade de seus partidos nacionais líderes, segundo análise da imprensa.
Especificamente, os líderes do Va por México e da sociedade civil ainda não conseguiram traçar um roteiro para definir o método de seleção de seu candidato presidencial.
A Milenio informou que os presidentes do PAN, Marko Cortés, do PRI, Alejandro Moreno e do PRD, Jesús Zambrano, intensificaram suas reuniões com grupos da sociedade civil para coletar suas propostas e reuni-las em um projeto que será apresentado na próxima segunda-feira , 26 de junho. e será sua plataforma política para as eleições de 2024.
Não se sabe, ou pelo menos não é público, o filtro que o PRI vai aplicar aos seus candidatos, poderosos e influentes, para tirar pressão de um pote com feijão demais.
A este respeito, Milenio assegura que, até ao momento, a proposta que se delineia naquela aliança são eleições primárias em cada partido para apurar a lista de candidatos presidenciais, caso seja ultrapassada a quota de dois para cada grupo.
O grosso dos mais de 40 pré-candidatos vai esvaziar nas primeiras horas das decantações e as figuras mais rebeldes e viscerais da oposição são presumidas -ou mencionadas-.
No PRI, soam as senadoras Claudia Ruiz Massieu, Beatriz Paredes e os ex-funcionários federais Enrique de la Madrid, José Ángel Gurría e Ildefonso Guajardo.
Do PAN, o presidente da Câmara dos Deputados, Santiago Creel, os senadores Lilly Téllez e Xóchitl Gálvez, e os governadores Maru Campos, Mauricio Vila, e o ex-presidente de Tamaulipas, Francisco García Cabeza de Vaca, que estava na Justiça por suposto dinheiro lavagem de dinheiro.
No PRD, com menos possibilidades que seus dois sócios, soa seu coordenador no Senado e altamente polêmico por acusações de suposto peculato, Miguel Ángel Mancera. e o ex-governador de Michoacán Silvano Aureoles Conejo.
Faziam parte da aliança – mas aparentemente fora dela e supostamente representando a sociedade civil – o ex-presidente da corporação dos empresários Gustavo de Hoyos, o líder da Frente contra Amlo (Frena), Gustavo Lozano, e até o empresário Claudio X .González.
Este mês todas as incógnitas devem ser esclarecidas para se chegar ao caminho já percorrido pela Juntos Faremos História.