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quinta-feira, 5 dezembro, 2024

Membro do Pink Floyd contra Israel: ‘É um novo apartheid’

© REUTERS/ Ammar Awad
Depois de visitar o Israel em 2006, a visão de Roger Waters, antigo membro do Pink Floyd, se transformou. Agora ele compara a política do país à da África do Sul no período do apartheid.

«O modo como o apartheid na África do Sul tratou a sua população negra, fingindo que esta tinha algum tipo de autonomia, era uma mentira”, disse ele numa entrevista aojornal britânico The Independent.

«Também é uma mentira de que existe alguma possibilidade, no âmbito do atual status quo, de os palestinos alcançarem a autodeterminação e alcançarem, pelo menos, um Estado de direito onde possam viver e criar os seus filhos e começar as suas próprias indústrias. Esta é uma civilização antiga, brilhante, artística e muito humana que está sendo destruída em frente dos nossos olhos», destacou o cantor.

Roger Waters é um apoiante já por muitos anos da campanha BDS (boicote, desinvestimento e sanções) contra Israel e em defesa dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia.

Mas nem todos os músicos têm a coragem de falar tão sinceramente como o ex-solista do Pink Floyd. Os músicos norte-americanos que apoiam o boicote de Israel têm muito medo de falar sobre as violações no país, porque receiam que as suas carreiras sejam destruídas.”Eu sei disso porque eu tenho sido acusado de ser um nazista e um antissemita durante os últimos 10 anos», diz Roger Waters.

No entanto, ele considera tais acusações como absurdas já que o seu pai, Eric Waters, morreu combatendo os nazistas na Itália quando tinha apenas de 31 anos de idade, em 1944.

Por isso, o artista continua expressando abertamente a sua indignação com Israel e apela a outros músicos para se absterem de viagens e concertos em Israel.

Assim, de acordo com a Euronews, o músico britânico publicou na revista digital Salon uma carta aberta dirigida a Jon Bon Jovi e outros membros do grupo, depois do concerto dos Bon Jovi em Telaviv.

Waters acusou os Bon Jovi de, ao avançarem com o concerto em Israel, se colocaram “lado a lado com o colono que queimou um bebé, com o condutor da escavadeira que esmagou Rachel Corrie, com o soldado que estilhaçou a tiro os pés de um futebolista, com o marinheiro que bombardeou os rapazes na praia”.

Além disso, em julho, Waters pediu para que Caetano Veloso e Gilberto Gil não se apresentassem em Tel-Aviv, no fim daquele mês. Os baianos não lhe deram ouvido, mas, em novembro, Caetano Veloso assinou um texto, no jornal Folha de S. Paulo, com o título “Visitar Israel para não mais voltar a Israel”.

«Olha, ele (Caetano) me parece ser um sujeito progressista, aberto. Ele foi lá, visitou as vilas, teve encontros nesses vilarejos, viu as pessoas. Testemunhou aquilo que eu havia alertado. Agora, ele entendeu. Agora, ele apoia a posição do movimento BDS», reagiu o artista do Pink Floyd à ação na entrevista ao Estadão.

É de lembrar que desde agosto o Brasil e Israel ficam no impasse diplomático já que o presidente israelense, Benjamin Netanyahu, quis nomear o empresário Dani Dayan que é um colono dentro de um dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados.

Leia mais: http://br.sputniknews.com/cultura/20160222/3644162/membro-do-pink-floyd-contra-israel-apartheid.html#ixzz40wNJaJ9H

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