© Foto: Ricardo Stuckert / PR
Sputnik – É o que revelou o último balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira (8) em meio aos novos alertas de tempestades para o Rio Grande do Sul no fim de semana. Conforme o levantamento, 85,5% das 497 cidades gaúchas já registram estragos causados pelas chuvas. A enchente histórica avança para cidades como Pelotas e Rio Grande, no litoral.
O número de mortos também voltou a crescer no estado e chegou a 105, com outras 130 pessoas desaparecidas. Pelo menos 163 mil pessoas estão desalojadas e outras 67,4 mil em abrigos mantidos pelas prefeituras ou pela sociedade civil.
Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 cidades gaúchas, o que mostra a dimensão da maior tragédia climática já registrada no Rio Grande do Sul. E as previsões são pessimistas para a região.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há expectativa da chegada de um ciclone extratropical vindo da Argentina para o extremo sul do estado, o que deve causar chuvas com volumes acima de 100 milímetros. Além disso, as temperaturas vão baixar drasticamente, com registros de até 4ºC nas áreas mais frias, como a Serra Gaúcha, uma das mais afetadas. Em Porto Alegre, capital do estado, a mínima deve ficar em 12ºC.
Resgates interrompidos em Porto Alegre
Após alguns dias de trégua, que não foram suficientes para amenizar as cheias do rio Guaíba, Porto Alegre voltou a registrar chuvas nesta quarta. Por conta disso, a prefeitura anunciou a interrupção temporária das operações de resgate devido à intensificação das condições climáticas, que impedem tais ações.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), utilizou as redes sociais para alertar a população sobre a intensificação das chuvas na região ao longo do dia. “Isso dificulta o escoamento das águas […]. Há um índice muito forte de chuva para as próximas horas, e isso vai acelerar com a mudança do vento.”
O Guaíba, um dos pontos críticos da região, registrou uma diminuição de 20 centímetros em seu nível desde a noite de terça-feira (7), chegando a 5,08 metros de altura às 11h00.
Apesar da redução, o nível das águas permanece acima da cota de inundação de 3 metros, o que evidencia a gravidade da situação.