Embora ainda falte o relatório com os números do mês de dezembro, esses dados já indicam que 2023 é o ano com maior número de cidadãos do Equador que tentaram chegar a solo norte-americano, informa o portal digital Primicias, que cita estatísticas do Patrulha da Fronteira.
O número deste ano quase duplica o de 2022 (58.297) e supera 2021 (90.275), quando se desencadeou o atual êxodo migratório de equatorianos devido à falta de oportunidades no mercado de trabalho formal e, sobretudo, ao aumento da insegurança.
Para o pesquisador Jacques Ramírez, as migrações respondem ao cenário de crise que cerca o país sul-americano, onde prevalecem a pobreza e o desemprego e aumentam os índices de violência e mortalidade.
“Migrar neste contexto é uma estratégia de sobrevivência em tal situação”, disse Ramírez.
O Equador fechou 2022 com mais de 25 mortes violentas por 100 mil habitantes e 2023 terminará muito pior, com mais de seis mil homicídios nos últimos 12 meses, segundo dados oficiais.
Em outubro passado, o prefeito da cidade americana de Nova York, Eric Adams, visitou Quito para conversar com o governo do então presidente Guillermo Lasso sobre a crise da migração irregular.
Muitos dos equatorianos que chegaram aos Estados Unidos nos últimos tempos residem na região de Nova Iorque e Adams apelou ao enfrentamento da desinformação daqueles que, através de redes irregulares, colocam em risco a vida de milhares de pessoas, incluindo crianças.