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sexta-feira, 26 julho, 2024

Maioria no Uruguai pela prisão de repressores da ditadura

Montevidéu (Prensa Latina) 68% dos uruguaios expressaram seu acordo em manter presos os violadores de direitos humanos durante a ditadura passada aqui, segundo os resultados de uma pesquisa divulgada hoje.

A cargo da Usina de Percepción Ciudadana, destacou a recusa majoritária dos consultados a um projeto do partido governista do militar Cabildo Abierto de colocar em prisão domiciliar homicidas, torturadores e sequestradores durante os anos de 1973 a 1985.

Entre os demais entrevistados, 13% concordaram um pouco, 9,0 discordaram um pouco, 3,0 discordaram totalmente e 7,0 não responderam.

Por sua vez, 58 por cento dos cidadãos consideraram insuficientes as medidas do Estado para descobrir o que aconteceu aos detidos desaparecidos, enquanto 14 por cento disseram desconhecer as medidas, 18 por cento disseram que eram suficientes e 11 totalmente.

A investigação foi realizada na semana anterior ao retorno massivo às ruas em 20 de maio da tradicional Marcha do Silêncio sob o lema central “onde estão? A verdade continua sequestrada, é responsabilidade do Estado”.

O coletivo Mães e Familiares das 197 vítimas cujo destino permanece oculto, por um pacto militar, reiterou sua reivindicação aos Poderes do Estado de exigir que os ex-repressores contribuam para a verdade com o que sabem.

No final de março, o ex-senador do Frente Ampla, entre outros referentes, instou o presidente da República, Luis Lacalle Pou, em declarações públicas a impedir que a iniciativa do Cabildo Aberto prosperasse no Parlamento.

Causou inquietação em Mães e Familiares, que meses atrás o presidente recebeu uma comissão que promove a transferência para casas de repressores de 65 anos ou mais, que ele apresenta como “presos políticos”.

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