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O presidente garantiu que “nem com um milhão de sanções” os EUA irão parar os Comitês Locais de Abastecimento e Produção de alimentos (CLAP).
O chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, expressou seu repúdio em relação às novas sanções introduzidas contra o seu país pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou ontem (25) a introdução de novas sanções contra a Venezuela, com a adição à lista SDN (Cidadãos Especialmente Designados) do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) de 10 indivíduos e 13 entidades em diferentes países.
A lista inclui o empresário colombiano Alex Saab Morán e seus filhos Isham Alí e Shadi Naím, além de outras pessoas do país.
De acordo com uma nota do Departamento do Tesouro, Saab é “um interesseiro que orquestrou uma vasta rede de corrupção” que permitiu ao governo do presidente Nicolas Maduro “se beneficiar significativamente da importação e distribuição de alimentos na Venezuela”.
Resposta de Maduro e da Chancelaria
“O império gringo está desesperado por causa das CLAP, e aplica sanções aqui e ali”, disse Maduro em uma mensagem difundida na televisão nacional.
Por sua vez, a Chancelaria acusou o governo dos EUA de “privar o povo venezuelano do seu direito à alimentação” com a aplicação destas medidas “coercivas” e “ilegais”.
Em um comunicado à imprensa, a Chancelaria venezuelana salientou que as sanções anunciadas pelo Governo dos EUA representam uma demonstração de sua incapacidade para alcançar seus “objetivos intervencionistas” no país sul-americano.
Não é a primeira vez que os EUA impõem sanções de afetam este programa de assistência alimentar. Em novembro de 2017, medidas restritivas similares foram impostas contra Freddy Alirio Bernal Rosales, que coordena o Centro Nacional de Comando e Controle dos CLAP.
Em fevereiro passado, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, informou que o programa apoia mais de 6 milhões de famílias venezuelanas mensalmente.