Hispantv – O presidente Nicolás Maduro alerta para a falta de segurança jurídica no Reino Unido e acusa o Banco da Inglaterra de ter roubado ouro de venezuelanos.
A Suprema Corte de Londres decidiu em 29 de julho a favor da diretoria paralela do Banco Central da Venezuela (BCV), nomeada pelo líder da oposição Juan Guaidó, no caso do ouro venezuelano guardado no Banco da Inglaterra e rejeitou o pedido de Caracas para acesso às reservas de ouro detidas no referido banco desde 2018.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou a medida na quarta-feira, descrevendo-a como um “sequestro”, um “roubo” e alertou outros países que podem ser vítimas dessa “ação de pirataria”.
“Não há segurança jurídica em Londres, nem no Banco da Inglaterra, e a qualquer momento, qualquer país ou banco central do mundo pode ser roubado de suas reservas internacionais, suas reservas de ouro. Essa é a grande verdade, não há segurança jurídica, não há respeito à lei”, criticou o presidente.
Revelam como banco e governo britânicos roubaram ouro venezuelano | HISPANTV
Um relatório revela uma trama entre diretores do Banco da Inglaterra e do governo britânico para manter o ouro venezuelano no Reino Unido.
Maduro reiterou que seu governo continuará “lutando” para recuperar as 32 toneladas de ouro venezuelano, o equivalente a mais de 2 bilhões de dólares, que pertencem a todos os venezuelanos.
“Não ficamos de braços cruzados, não ficamos na reclamação, no arrependimento. Passamos do protesto à proposta e da proposta ao trabalho e do trabalho e empreendedorismo a Venezuela seguiu seu caminho de crescimento econômico”, destacou.
“Venezuela recuperará por qualquer meio seu ouro roubado na Inglaterra”
Após quatro dias de julgamento, a justiça britânica julgou inválidas as resoluções do Supremo Tribunal da Venezuela (TSJ) que declaram nula a nomeação da referida diretoria paralela, ao mesmo tempo em que considera válida a chamada ‘diretiva ad hoc’.
No entanto, a decisão não autorizou a equipe de Guaidó a acessar as reservas e espera-se que outra audiência decida sobre o assunto. A Suprema Corte do Reino Unido concedeu a Guaidó, reconhecido pelo governo britânico como presidente da Venezuela, o controle do ouro em julho de 2020, mas em outubro do mesmo ano o Tribunal de Apelação de Londres anulou o veredicto.
Desde 2018, Caracas tentou em várias ocasiões retirar o ouro que possui na instituição britânica para enfrentar as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.