Após a reunião, o líder petista postou fotos com os dois ativistas e pediu a libertação do preso político. “Me informaram da situação de saúde e da luta por liberdade de Julian Assange. Pedi para que enviassem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injusta prisão”, tuitou. Em junho passado, quando foi aprovada a extradição do criador do WikiLeaks para os EUA, Lula já havia repudiado a brutal perseguição:
“Que crime o Assange cometeu?”, questionou. “Se ele for para os EUA, extraditado, certamente é prisão perpétua e certamente ele morrerá na cadeia”. Na ocasião, em um evento em Maceió, o então candidato afirmou que o único crime que Assange cometeu foi “denunciar as falcatruas do país mais importante do planeta. Foi o crime de falar a verdade, mostrar que os EUA, através de seu departamento de investigação, sei lá se da CIA, estava grampeando muitos países do mundo, inclusive a presidenta Dilma Rousseff”.
Encontro com sindicatos e associações jornalísticas
Além do encontro com Lula, que teve forte repercussão na imprensa internacional, Kristinn Hrafnsson e Joseph Farrell participaram de outras atividades. Conforme informa o jornal Brasil de Fato, “na quarta-feira (30), as principais associações, sindicatos e organizações jornalísticas receberam os dois representantes do WikiLeaks na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro”.
Julian Assange também recebeu a solidariedade de parlamentares da federação que reúne PT, PCdoB e PV, que assinaram uma carta dirigida ao presidente dos EUA, Joe Biden, contra a extradição e pela retirada das falsas acusações feitas pelo terrorista Donald Trump. No documento, também endereçado a ex-presidenta do Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, os deputados enfatizam:
“Assange adotou práticas que são essencialmente do jornalismo investigativo, que incluem receber informações classificadas de uma fonte dentro do governo e publicar as informações de interesse público… As acusações sob a Lei de Espionagem criminalizariam essas práticas rotineiras, que são protegidas pela Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos… Nos unimos ao apelo pela imediata libertação do sr. Assange feito por organizações internacionais nas Nações Unidas, bem como pela Anistia Internacional, e outras entidades defensoras dos direitos humanos e associações legais, médicas e profissionais”.