Fantástica literatura de ficção Científica (“New Weird Fiction”) de Silas Corrêa Leite, bancado pela Desconcertos Editora de SP.
“Em uma planície//Eu sou a ausência//da planície.//Esse é//sempre o caso.//Onde quer que eu esteja,//Eu sou o que falta(…)//Quando eu caminho//Eu fendo o ar//e, sempre,//o ar se move//para preencher os vãos//onde meu corpo estivera(…)//Todos nós temos motivos//para nos movermos.//Eu me movo//para manter as coisas inteiras”.// (Mantendo as coisas inteiras, de Mark Strand, tradução de Lucas de Lazari Dranski)
A “Desconcertos Editora” acaba de colocar em pré-venda de lançamento, o primeiro livro de fantástica ficção científica escrita ao longo de dez anos por Silas Corrêa Leite, já autor de outros sete livros, inclusive romances, mas não deste gênero, e que, segundo ele, é primeiro, único e último, pelas dificuldades de escrever, encontrar palavras, tramas, nos seus jorros neurais todos dessas narrativas diferenciadas, a priori tachada de New Weird Fiction, curto e grosso, ficção esquisita, tipo, um pesadelo muito além do fim do mundo…
Breve Análise da obra, de um chamado Leitor Beta: TRANSPENUMBRA DO AMARGEDOM – Livro de fantástica ficção cientifica: Planeta Hewah. – Gian Celli Gianpaolo(*)
1 – Um apresentação de fogos de artifícios, pós-moderna; Multiplicidade de narrativas.
1.2 –A obra em questão, é uma obra de “New Weird Fiction”; um estilo que produz criaturas mutantes, personagens que não são totalmente humanos. Alguns têm mutações orgânicas, outros, partes mecânicas, inclusive de plástico como partes do corpo. As diferenças são quase como metáforas de nossa própria vida, de como vemos o mundo. A New Wieird Fiction surgiu na década de 90 com a ideia de subverter conceitos, combinando elementos da ficção científica, horror e fantasia, não seguindo convenções ou exemplos estereotipados. Apesar de toda essa bizarrice, as descrições se utilizam de palavras estranhas, termos inventados e analogia bizarras para as descrições, tipo, um pesadelo.
2 –Toda a nova-história dessa pós ou trans-humanidade, como o “Último poema da espécie humana”, localizado dentro de uma arca de porcelana de titânio, trazendo ideia de uma dobra pandimensional.
3 –Poesias, contos poéticos, pequenas colocações xistosas e alguns textos mais longos. A maioria deles dando ideias e criando imagens na mente do leitor. Narrativas quase jornalísticas, sendo assim uma história com essa trama, personagens e outros elementos que aguçam a curiosidade. Tramas, personagens, reviravoltas… O último estertor, acabando a bateria, os fluidos, etc, dando, inclusive, chance para um possível segundo livro, no mesmo outro no estilo deste, ou, se por acaso o mesmo fosse achado por outra civilização que o religasse. Cria um vínculo de empatia com o leitor. Às vezes até subtramas, dentro do estilo New Weird Fiction, isso sem contar a Distopia. Um romance de contos entrelaçados, e pertinentes; a história dessa trans-humanidade do início ao fim… Haverá um segundo livro, o fim continuará? – Gian Celli Gianpolo – Editor, escritor, tradutor, leitor crítico, leitor beta e estudioso de mitologia – SP – E-mail: giancelli@yahoo.com
Diz o Editor Claudinei Vieira: Lançamento de um livro assustador: “Transpenumbra do Amargedom – Desconcertos Editora, SP
Um livro muito especial. A começar, por não poder ou não saber como classificá-lo. No entanto, Silas Corrêa Leite vai muito além disso. “TRANSPENUMBRA DO AMARGEDON” – A HECATOMBE NA TERRA, PLANETA HEWA NUM UNIVERSO DISTÓPICO DEVASTADO POR PÓS-HUMANOS HÍBRIDOS – JATOS DE PROSA NUM UNIVERSO DE FICÇÃO CIENTÍFICA. Em mistura genial de gêneros, tons e estilos, e na verdade quebrando-os todos, entre romance de ficção científica, contos minimalistas, crônicas futuristas, poesia libertária, uma visão épica de um planeta futuro que, talvez, não seja tão distante assim. O mundo de Silas Corrêa Leite é um amálgama de cenários pós-apocalípticos, alta tecnologia, e limites morais, sociais, sexuais completamente indefinidos, interligados, complexados. Um universo muito distante. E, ao mesmo tempo, definitivamente próximo e reconhecível. Posso não saber como classificá-lo, mas uma coisa sei com certeza: é um livro espetacular. Uma viagem intrincada, vertiginosa, imperdível.
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