Por Fernando Brito, em seu blog:
“Mesmo sendo nascido e criado na região durante seus 58 anos, porém, Jones teve que colocar os óculos nesta segunda (21) para acreditar no que viu. “Na minha mão é galo, na minha mão é galo, é a cura da Covid!”, escutou enquanto passava pela passarela que fica em frente à escola Império Serrano e leva à estação de trem.
O Jones mandou o caô e o jornal embarcou feito um patinho, sem mandar sequer alguém chegar se havia mesmo o tal camelô.
Bastam cinco minutos ou menos de curiosidade para ver que o contador de histórias já tinha “mandado essa”.
No seu Facebook, Jones, duas semanas atrás, já fazia esta “graça” que, você vê abaixo, com a mesma história da vacina de camelô em Madureira, só que com o produto da Pfeizer.
Ao que parece, Jones reeditou a “gozação”, aproveitando-se do fato de um bolsonarista ter publicado sua invenção no Twitter, “chupando fotos” disponíveis na internet, para fazer a história ser publicada na Folha e virar, a partir daí, “viral” – se me perdoam o trocadilho – na internet.
Seria, no final das contas, uma história tipo “boimate” – bobagem publicada como “séria” pela Veja no 1° de abril, dizendo que estavam sendo criados bois cuja carne já continha molho de tomate, por um experimento genético.
Mas estamos no meio de uma pandemia que vai chegando à morte de 200 mil brasileiros e a uma vacina que, por razões políticas, vem sofrendo ataques do Presidente da República e de seus fanáticos apoiadores, falando da “vachina”.
Ainda bem que estou velho o suficiente para ser poupado de ver a morte definitiva do jornalismo.
PS. E, para não ficar atrás, o Estadão embarcou na cascata…