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domingo, 6 outubro, 2024

Israel provoca Brasil com vistas à desintegração regional

Foto de Dani Dayan, proposto por Netanyahu como embaixador sionista no Brasil

Brasil – Diário Liberdade – [Edu Montesanti] O primeiro-ministro israelense de extrema-direita, Benjamin Netanyahu, tão famoso pela política de linha-dura, aguarda desde agosto uma posição do governo brasileiro a respeito de sua indicação de Dani Dayan como novo diplomata de seu país no Brasil.

Está esperando e ameaçando o governo brasileiro. Ainda assim, seguirá esperando por muito tempo, ao que tudo indica. Ele mesmo sabe bem disso – sempre soube, na verdade.

Um dos líderes mais terroristas da história contemporânea está cansado de saber: não está lidando com um brasileiro defensor de suas “políticas”, tais como o ex-candidato presidenciável Aécio Neves (afilhado político de Fernando Henrique Cardoso, lacaio de Washington e de Tel-Avivi), cujo garotão, no início dos anos 80, enquanto a atual presidenta brasileira estava presa e sendo torturada por lutar contra a sangrenta ditadura militar no país sul-americano, surfava sobre as ondas da badalada praia de Ipanema na cidade do Rio de Janeiro, onde ocupava altos cargos profissionais indicados por familiares políticos – jamais por competência.

Justamente aí, reside um dos caminhos às evidências de que o que Israel quer, é uma “crise diplomática” com o Brasil, enquanto Netanyahu chegou a dizer que aplicará duras medidas contra o Brasil, sem definir quais serão elas.

Esta provocação possui objetivos que se tornam bem claros se fizermos, aqui, o que a mídia de embaralhamento da consciência coletiva não faz: utilizar a verdade dos fatos em contexto, ao invés de uma torrente de informações apenas para confundir a opinião pública [revelações de John Perkins, economista com anos de serviços prestados ao governo dos EUA, no livro Confessions of an Economic Hit Man (Confissões de um Assassino Econômico) apontam como sendo exatamente essa a estratégia da grande mídia internacional, e ainda acrescentou: “A maioria dos meios de comunicação – jornais, revistas, editoras, emissoras de TV e estações de rádio – é de propriedade

de grandes corporações internacionais, as quais não têm o menor escrúpulo em manipular as notícias que divulgam”].

Provocação contra o gigante sul-americano

Apenas a designação de Netanyahu para que Dayan represente Israel no Brasil já foi anunciada de maneira um tanto “exótica” e nada diplomática: via conta pessoal no Tuíter.

Diante deste comportamento oficial do governo sionista que dispensa comentários, não causa surpresa ao primeiro-ministro e nem a nenhum cidadão em sã consciência, que a presidente brasileira não tenha aceitado a indicação.

Principalmente, levando-se em consideração sua personalidade briosa e seu histórico ativista.

Assim, a conclusão óbvia mesmo dos mais ingênuos é que, já no ato da publicação via Tuíter, Netanyahu já tinha consciência do mal-estar que causaria entre seu país e a maior economia latino-americana.

Outro fato que gera no mínimo muita curiosidade é que, exatamente no gigante sul-americano que há tempos deixou de ser completamente servil aos mandamentos de Tel-Aviv e Washington, mas tem se integrado à América Latina como nunca antes na história (região outrora considerada publicamente o “quintal dos Estados Unidos”), Netanyahu tenha designado um “diplomata” gera profunda antipatia a começar dentro de Israel por ser apontado como favorável à política de assentamentos na Cisjordânia. Tal indicação tem causado certa turbulência na política israelense.

Desde a primeira metade dos anos 2000, há o desejo explícito de intervenção imperialista na América Latina, sendo que em alguns casos houve, de fato, esta tentativa.

Sobre isto, para tornar os fatos ainda mais claros dentro deste contexto, a presidente Dilma Rousseff tem se posicionado contra os assentamentos e bombardeios de Israel contra a Palestina, votando inclusive na ONU favoravelmente à criação do Estado palestino.

Objetivos: Desintegração regional e III Guerra Mundial

Considerando a geopolítica global reforçada pelos segredos de Estado recentemente divulgados, torrencialmente, por WikiLeaks e Edward Snowden, os objetivos velados de Washington têm sido acirrar a “Guerra ao Terror” a fim de espalhar suas bases militares e ampliar seu domínio global, apoiado em subimperialismos, seus Estados-fantoche ao redor do mundo (entre eles, Londres, Madrid, Paris, Bogotá, Santiago, Riad, Doha, Ancara etc).

Isso já se iniciou logo dos ataques do 11 de Setembro, quando George W. Bush, no mesmo dia antes mesmo de qualquer grupo terrorista ter reivindicado os atentados (nunca nenhum fez isso, e nem sequer há nenhuma evidência que aponte a não ser a ataques perpetrados de dentro dos próprios Estados Unidos), sentenciou: “Ou [cada país] está ao nosso lado, ou ao lado dos terroristas”.

Estava implícito neste discurso o claro objetivo de polarizar o mundo. Na América Latina, o Brasil esteve bem próximo de ser incluído no Eixo do Mal por supostos terroristas transitando e tramando “novos ataques” na tríplice fronteira com Argentina e Paraguai.

Ao longo destes anos, diversos países da América Latina sofrem profunda pressão, tentativas de desestabilização, de assassinatos presidenciais (Venezuela, Equador, Bolívia), de intervenção (Honduras na derrubada de Manuel Zelaya, Venezuela sem sucesso contra Hugo Chávez, indiretamente o Paraguai na derrubada de Fernando Lugo), e até inclusão na lista de “ameaça extraordinária aos Estados Unidos”, declarada contra a Venezuela no primeiro semestre do ano passado pelo governo de Barack Obama.

Porém, desgraçadamente aos poderes imperialistas, os países latino-americanos sob governos progressistas têm evitado confrontos verbais e diplomáticos com Washington, seguindo na prática o discurso de paz, tanto quanto possível. Tome-se como exemplo o escândalo apresentado por Snowden, motivo para, no mínimo, romper-se relações diplomáticas com os Estados Unidos.

Enquanto isso, um dos entraves globais para a estratégia de dominação completa por parte de Washington é, exatamente, a existência da nação palestina em vias de extermínio pelo Estado sionista, sempre apoiado fielmente por Tio Sam, sob conivência da chamada comunidade internacional (para nem mencionar as fajutas organizações internacionais de direitos humanos).

Pois a tal “Guerra ao Terror”, que se apoia no acirramento artificial do ódio entre cristãos e islamitas em todo o mundo promovido, sobretudo, pela propaganda midiática e pelas “comunidades religiosas parceiras” de Washington (confira aqui), é o estopim para a tão esperada III Guerra Mundial, com a qual contam as sociedades secretas que governam este mundo, a fim de estabelecer sua agenda denominada Nova Ordem Mundial.

Os governos de Lula e de Dilma jamais apoiaram os crimes de guerra norte-americanos, invasões seguidas de genocídio, pelo contrário: sempre os criticaram. Assim como, já mencionado, os crimes de guerra de Israel contra Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Os mencionados governos brasileiros têm confrontado os ditames de Washington em geral, algo apenas visto por ocasião do ex-presidente João Goulart, derrubado inconstitucionalmente pela ditadura militar, arquitetado e financiado exatamente pelos Estados Unidos.

Vale observar que tal confronto do Itamaraty em relação à Casa Branca não se dá sem uma boa dose de hipocrisia, pois na prática nunca houve tanta evasão de divisas no Brasil quanto na última década e meia, apenas para citar um exemplo.

Por outro lado, uma das peças-chave na montagem deste quebra-cabeça é que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder brasileiro desde 2003, têm – com certa timidez, é verdade –  tentado proteger a estatal petrolífera Petrobras do assédio dos setores privados (em sua maioria, estadunidenses).

A América Latina não apenas tem se integrado de maneira inédita, como seus principais personagens – tendo no Brasil líder natural pelo tamanho geográfico e econômico – emitem constantemente opiniões e elaboram políticas antiimperialistas. Especialmente contra a autodenominada “Guerra ao Terror”, contra a qual o ex-presidente Hugo Chávez se opunha fortemente, não poucas vezes indo à público com imagens condenando o morticínio no Oriente Médio.

Mais que isso: a região é detentora das maiores reservas petrolíferas do globo, que repousam sob solo venezuelano; somadas “apenas” às brasileiras, as reservas da região fazem com que o conjunto de países latino-americanos, que têm substituído a competitividade pela cooperação, não precisem em nada do Oriente Médio, fonte de invasões imperialistas em nome justamente do ouro negro.

E nem os próprios Estados Unidos precisarão mais da longínqua região, de onde suas embarcações marítimas levam, dependendo do país em questão, mais do dobro do tempo de navegação em comparação com as viagens marítimas aos confins da América do Sul.

Diante disso, provocar o Brasil (longe de ser bolivariano, mas apoiador desta revolução bem como da integração latino-americana, ambas temida pelas grandes potências), agitar ainda mais sua situação política e o fragilizado governo além de, posteriormente, aplicar até sanções diplomáticas através das más relações, é o caminho mais curto para a tão desejada desintegração regional boicotada desesperadamente por Washington, segundo telegramas secretos emitidos por WikiLeaks (uma pequena parte deles e de artigos relacionados a eles, neste sentido, podem ser lidos aqui), além de todas as evidências presentes nos fatos diários.

E Israel com isso?

O Estado sionista controla muito mais que a mídia norte-americana, enquanto detentor de emissoras como a CNN, Fox News, CBS News etc.

Pois do “Pentágono midiático-propagandista”, manipulado segundo os interesses sionistas, saem as pautas diárias da grande mídia em todo o mundo. E a estes chegam igualmente o sustento financeiro não apenas através de anúncios (bancos, indústria farmacêutica, transnacionais), mas também por meio de “reportagens” e “entrevistas” encomendadas conforme temos noticiado, exaustivamente e com apresentação de evidências, nestas páginas.

Israel é o direto financiador da política e da própria economia dos Estados Unidos, proprietário (na acepção do termo) de nada menos que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).

Na política, comanda o Capitólio e a Casa Branca através da AIPAC, que apenas em 2015 despejou 6 bilhões de dólares em seu conhecido lobby sobre a “democracia” mais eficiente que o dinheiro pode comprar: a norte-americana. Sobre isto, leia no sítio canadense Global Research: Israel’s Command of White House and US Congress, Financed by $6bn through the AIPAC Lobby in Washington.

As campanhas eleitorais estadunidenses estão completamente vendidas ao capital-interesseiro do Estado sionista. Foram estes mesmos interesses que assassinaram o ex-presidente John Kennedy, quem prometia acabar não apenas com a CIA (maior parceira das ações sionistas em todo o mundo), como também com as sociedades secretas, integradas em grande parte pelos banqueiros internacionais.

Isto nos remete de volta à economia dos Estados Unidos, mencionada mais acima. 100% das ações do Fed pertencem aos bancos privados. Estes, em sua imensa maioria, são de posse de sionistas. Sobre isto, leia Who Owns the Federal Reserve Bank—and Why is It Shrouded in Myths and Mysteries?, e Who Owns The Federal Reserve?, ambos também em Global Research.

Desta maneira, conclui-se que os Estados Unidos são o grande poder, sim, debaixo dos holofotes, mas quem possui o domínio real, midiático, político e econômico, é o Estado sionista. Também Tio Sam é um fantoche deste.

As palavras de David Rockefeller, bilionário banqueiro, cabeça do Império norte-americano, um dos oito donos do Fed (leia aqui) e membro do Grupo de Bilderberg organização secreta idealizadora da Nova Ordem Mundial, servem para finalizar o entendimento sobre os objetivos dos pouquíssimos tomadores de decisão globais:

“Estamos à beira de uma transformação global. Tudo que precisamos é de uma grande crise, e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial.”

Esta transformação, certamente, não se limita à guerra promovida pelos porões do poder em busca de petróleo, a do Cristianismo contra o Islã, exatamente as duas maiores religiões do mundo, e nem muito menos às desintegrações regionais que ameaçam aos interesses imperialistas representados hoje muito mais que por Barack Obama, mas por Netanyahu.

A consequência de tal guerra religiosa e “dividir para conquistar” (máxima da organização secreta Illuminati), é o mote da Nova Ordem Mundial: uma III Guerra Mundial. A provocação com subsequente ameaça de medidas duras por parte de Israel contra o líder da região mais rica em biodiversidade e uma das mais ricas em petróleo do mundo, certamente segue esta agenda.

O cenário global aí está, para ser conferido e não nos deixar mentir. Quem ainda tiver alguma dúvida e viver, verá…

“A paz não significa apenas a ausência de conflito, mas a criação de um entorno onde possamos todos prosperar independentemente de raça, cor, credo, religião, sexo, classe, casta ou qualquer outra característica social que nos diferencie”, Nelson Mandela, Prêmio Nobel da Paz’ 1993

Nota:

Os mais desavisados podem questionar: As relativamente pobres Bogotá e Santiago, entre países subimperialistas?

O subimperialismo daa Colômbia, maior aliada de Washington na América Latina, é doméstico: além de permitir a descomedida instalação de bases militares estadunidenses em seu território, oprime cruelmente seus povos originários. Assim como o subimperialismo do Chile que, além da repressão contra os índios mapuche, impede o direito destes ao seu devido território histórico. Igualzinho o império espanhol faz com nações sob seu impiedoso domínio, ainda hoje. Isso tudo é parte essencial da Nova Ordem Mundial.

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