© AFP 2023 / Jack Guez
Sputnik – As Forças de Defesa de Israel (FDI) começaram a usar inteligência artificial (IA) para selecionar alvos de ataques aéreos e organizar logísticas de guerra à medida que as tensões aumentam nos territórios ocupados e com o Irã.
De acordo com a agência Bloomberg, o Exército israelense não comenta as operações, contudo, os oficiais confirmaram o uso de um sistema de recomendação de IA capaz de processar grandes quantidades de dados para selecionar alvos de ataques aéreos.
Oficiais israelenses afirmaram que apesar de o equipamento ser eficiente em seu propósito, a tecnologia ainda não está sujeita a regulamentações internacionais ou estatais.
As FDI têm usado a IA há muito tempo, contudo, nos últimos anos expandiram esses sistemas para diversas unidades.
A natureza secreta de como esses sistemas são desenvolvidos está levantando sérias preocupações, incluindo que a lacuna entre sistemas semiautônomos e máquinas de matar totalmente automatizadas poderia ser reduzida da noite para o dia.
As próprias FDI já reconheceram o risco e o problema em utilizar essa tecnologia, contudo garantem que o seu uso está sendo cuidadosamente revisado pelos soldados.
Críticos alertam para as consequências potencialmente mortais de depender de sistemas cada vez mais autônomos, uma vez que, se houver um erro no cálculo da IA, poderá acabar com uma família inteira, e ninguém será culpado por isso.
Em 2021, as FDI descreveram o conflito de 11 dias em Gaza como a primeira “guerra de IA” do mundo, citando sua utilização para identificar plataformas de lançamento de foguetes e implantar enxames de drones.
Há décadas, Israel já deixou claro que está disposto a se tornar uma superpotência de IA, criando armas mortais sem qualquer interferência humana, o que pode significar um grande risco para a humanidade, principalmente devido à falta de transparência sobre o desenvolvimento desses sistemas.