Irã usa míssil hipersônico Fattah pela primeira vez em ataque a Israel

O Irã exibe seu míssil hipersônico Fattah durante um desfile militar em Teerã.

HispanTV – O Guardian Corps do Irã afirma ter usado mísseis hipersônicos Fattah “pela primeira vez” para atacar o sistema de defesa antimísseis multicamadas de Israel.

Num comunicado divulgado na terça-feira, o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) anunciou que os seus mísseis hipersónicos ‘Fattah (Conquistador, em persa)’ destruíram interceptores do sistema de defesa antimísseis israelita Arrow 2 e 3.

O Arrow 3, um projeto da Boeing e da Israel Aerospace Industries, representa o nível superior do sistema de defesa aérea multicamadas de Israel, e a sua incapacidade de interceptar mísseis iranianos mostra a superioridade dos mísseis do Irão sobre Israel.

Características do míssil Fattah

Fattah, o primeiro míssil hipersônico de fabricação iraniana revelado em junho de 2023, tem um alcance de 1.400 quilômetros e atinge velocidades de Mach 13 a Mach 15 antes de atingir o alvo. Com o desenvolvimento deste míssil de médio alcance, o Irã entrou para a lista de países que possuem tecnologia hipersônica.

O míssil guiado de alta precisão também possui excelente manobrabilidade dentro e fora da atmosfera terrestre e capacidade furtiva para passar através de sistemas de radar.

O Fattah, no entanto, foi apenas um dos vários tipos de mísseis balísticos de alta precisão utilizados pelas Forças Armadas do Irão para atacar alvos militares israelitas sensíveis na Palestina ocupada na tarde de terça-feira.

O exército israelita afirmou que o Irão disparou cerca de 180 mísseis contra alvos militares do regime sionista. Teerã informou que o ataque foi uma resposta ao assassinato do líder do HAMAS, Ismail Haniya, e do líder do Hezbollah, Seyed Hasan Nasrallah, ambos em ataques israelenses.

Após a operação, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Seyed Abbas Araqchi, enfatizou, em conversas telefónicas com os seus homólogos de França, Alemanha e Reino Unido, que “o Irão exerceu apenas o seu direito à defesa legítima, em conformidade com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas”, e prometeu que o país daria uma resposta mais severa se Israel buscasse nova agressão.