Refugiados palestinos fogem do horror do massacre de Sabra e Shatila, cometido por milícias extremistas libanesas apoiadas por Israel, em setembro de 1982.
O Irã relembra o massacre de refugiados palestinos no Líbano por parte de Israel e adverte que esse regime continuará sendo uma ameaça à paz mundial.
HispanTV – O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Naser Kanani, lembrou nesta sexta-feira o 40º aniversário do massacre de cerca de 3.500 palestinos e libaneses nos campos de refugiados de Sabra e Chatila pelas mãos de falangistas libaneses, armados e patrocinados pelo regime israelense. O horrendo genocídio ocorreu de 16 a 18 de setembro de 1982, três meses depois que Israel invadiu o território libanês.
O diplomata persa denunciou que este banho de sangue “não foi o primeiro nem o último crime cometido pelo falso regime” de Israel, e alertou que o regime do apartheid sionista sempre será uma ameaça à paz mundial.
“O regime do apartheid sionista foi fundado com base na invasão, crime e violação flagrante do direito internacional e dos direitos humanos e continuará sendo uma ameaça à paz e segurança internacionais”, escreveu Kanani na rede social Instagram.
“Israel, apoiado pelos EUA, comete um verdadeiro genocídio na Palestina” | HISPANTV
Israel comete um “verdadeiro genocídio” contra o povo palestino com o apoio dos EUA e a cumplicidade da comunidade internacional, segundo um analista.
O que aconteceu em 1982 em Sabra e Shatila?
Embora milícias falangistas anti-palestinas armadas por Israel tenham cometido o massacre, na verdade foi o então ministro israelense de Assuntos Militares Ariel Sharon quem abriu caminho para que os atacantes tivessem acesso aos campos e realizassem o massacre que foi declarado por a Organização das Nações Unidas (ONU) como um ato de genocídio que continua impune.
Parejo Rendón: Israel se sente impune ao cometer crimes
Um grupo de sobreviventes tentou abrir um processo na Bélgica contra Sharon – conhecido como o Açougueiro de Sabra e Shatila – e as autoridades israelenses responsáveis pelo crime, mas o tribunal rejeitou o caso em setembro de 2003.
O massacre chocou o mundo inteiro, mas como as facções e o povo palestino mencionam, o sangue derramado dos palestinos parece ter menos valor do que o de outros, então os responsáveis pela tragédia nunca foram devidamente levados à justiça.
Não são poucos os massacres de que o povo palestino foi vítima. Sem esquecer o passado, os palestinos dizem que têm força para resistir aos próximos anos, com a fé de que a justiça finalmente será feita.
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