Foto-montagem: Brasil247
Jornal GGN – Os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador no chamado “bunker” do ex-ministro Geddel Vieira Lima seriam as propinas do PMDB, do operador Lúcio Funaro, de assessores e da construtora Odebrecht. A informação é a última divulgada no caso pelos investigadores da Operação Lava Jato.
Até o momento, Geddel vinha negando os ilícitos e não havia esclarecido a origem do montante. Com os claros indícios de lavagem de dinheiro, agora, os procuradores da República suspeitam que os R$ 51 milhões era a somatória das propinas advindas do partido e da empreiteira.
Preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde setembro deste ano, quando foi descoberto o bunker no apartamento em Salvador, Geddel não trouxe informações sorbe o caso. Os investigadores, por outro lado, avançam nas teses que explicariam esse montante.
A principal delas é a de que são 4 origens do dinheiro: do doleiro Lúcio Funaro, considerado o operador de propinas do PMDB, que recentemente confirmou repasse de R$ 20 milhões a Geddel; outra parte seria do esquema corrupto em que teria participado com o presidente Michel Temer e outros integrantes do PMDB; da Odebrecht, por meio do ex-assessor de Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel; e uma última parte por meio de assessores.
Lúcio Funaro confirmou à Polícia Federal que levava o dinheiro ao ex-ministro próximo de Temer em malas, a última sendo feita no hangar da Aerostar, no aeroporto de Salvador.
No caso da Odebrecht, o ex-assessor de Lúcio Vieira Lima, Job Ribeiro, confirmou recentemente ter ido a mando de Geddel e de Lúcio recolher o dinheiro, “umas cinco ou seis vezes” com uma pessoa chamada Lúcia. Os investigadores acredtiam que é Maria Lúcia Tavares, secretária da empreiteira.
E, por fim, assessores da Câmara ligados a família de Geddel repassavam porcentagens de seus salários à mãe de Geddel, que supostamente armazenava as quantias em seu closet. Job Ribeiro confirmou que 80% de sua remuneração era transferida à familia, cerca de R$ 8 mil por mês.