Um soldado do Exército Libanês (à esquerda) e tropas da UNIFIL (à direita) estão estacionados em Naqura, sul do Líbano, em 27 de outubro de 2022. (Foto: AFP)
HispanTV – O movimento Hezbollah denuncia que Israel usa as forças da ONU como escudos humanos para esconder o seu fracasso em penetrar no sul do Líbano.
O Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollah), num comunicado divulgado segunda-feira, assegurou que os seus combatentes “observaram no domingo movimentos não convencionais das forças do inimigo israelita por trás de uma posição militar da Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL)”. perto da cidade de Maroun al-Ras, no sul do território libanês.
A Resistência Libanesa ordenou aos seus combatentes “que não interviessem face a estes movimentos inimigos para proteger as vidas dos soldados da UNIFIL” e acusou Israel de “tentar usar as forças” das Nações Unidas como “escudos humanos”.
No mesmo dia, a UNIFIL denunciou que o exército israelita realizou operações perto de uma das suas posições no sul do Líbano e descreveu-as como “um acontecimento extremamente perigoso” e “inaceitável”.
Alertou que as atividades das forças israelenses colocam em risco a segurança dos capacetes azuis que desempenham as tarefas que lhes são confiadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
A fronteira guardada pelos capacetes azuis da ONU foi estabelecida pela organização em 7 de junho de 2000 para determinar se Israel havia se retirado do Líbano.

Combatentes do Hezbollah, “filhos da terra”, impedem a invasão de Israel | HISPANTV
Os combatentes da resistência do Hezbollah são os “filhos da terra” que a conhecem melhor do que ninguém, por isso a invasão terrestre israelita nunca terá sucesso, disse um jornalista.
“A UNIFIL está profundamente preocupada com as recentes atividades do exército israelita imediatamente adjacente à posição 6-52 da Missão, a sudeste de Maroun al-Ras, dentro do território libanês”, afirmou a missão num comunicado.
O canal libanês Al Mayadeen, citando um membro do Hezbollah, anunciou que Israel recorreu a este estratagema após os seus fracassos em avançar em direção a Maroun al-Ras.
Desde 7 de outubro, a Linha Azul que separa o Líbano dos territórios palestinos ocupados pelo regime israelense tem sido palco de confrontos, que têm causado mortes e deslocamentos de populações de ambos os lados.
O regime israelita intensificou a agressão indiscriminada contra o Líbano desde finais de Setembro, matando centenas de civis libaneses, e em 1 de Outubro alegou ter iniciado “incursões terrestres limitadas” no sul do Líbano.
Contudo, os combatentes do Hezbollah frustraram todas as tentativas do exército israelense de penetrar no território libanês.