Montevidéu (Prensa Latina) A greve indefinida dos trabalhadores do transporte suburbano no Uruguai se destacou hoje entre as medidas de diferentes sindicatos por quebra de acordos trabalhistas.
Os membros do sindicato das empresas Copsa denunciaram a administração por manter dívidas com eles desde 2019, bem como o fato de o correspondente reajuste salarial não ter sido realizado no ano corrente.
O representante sindical, Andrés Martínez, declarou à imprensa que “a empresa não quer dialogar conosco”, por isso os trabalhadores concordaram com a greve em assembléia.
Há horas, a polícia despejou à força um bloqueio pacífico de rua do Sindicato Único do Transporte de Carga e Filiais Aliadas (Suctra), que mantém conflito no âmbito da negociação do acordo salarial e exige regulamentação da jornada de trabalho e informações sobre sobrecarga de trabalho causando acidentes.
O presidente da usina Pit-Cnt, Marcelo Abdala, chegou ao local para tentar “descomprimir” em suas palavras, situação criada por um grande contingente de tropas da Guarda Republicana destacadas para reprimir.
Enquanto isso, os trabalhadores da operadora portuária Montecon encerrarão suas atividades de 24 a 27 de dezembro até decidirem em reunião a futura ação de enviar 30 trabalhadores à greve em decorrência do acordo do governo de priorizar o terminal de que a multinacional Katoen Natie detém 80 por cento do capital social.
Por outro lado, Abdala se manifestou contra qualquer tentativa de violação da liberdade de associação ao avaliar a adoção pela Câmara dos Deputados, com os votos contra da Frente Ampla, de um projeto de lei sobre a legalidade do movimento sindical organizado.
Reiterou que “o sindicato é a união livre e voluntária dos trabalhadores para a defesa integral de seus interesses de classe e supõe a ação pelas demandas imediatas de salário, categorias, trabalho, pão e qualificação profissional, entre muitas coisas”.
Nesse sentido, destacou “um programa de desenvolvimento que leve em conta os interesses da grande maioria e rumo a uma sociedade sem explorados ou exploradores”.