‘Foi o resultado de uma falta de comunicação’, disse Artuto Murillo, chefe do portfólio estadual indicado pela autoproclamada presidente de fato, Jeanine Áñez, ao declarar que respeitará as passagens seguras entregues e garantirá a partida de Navarro e Dorado para o território mexicano.
As declarações de Murillo contradizem as do diretor da Força Especial Contra o Crime, coronel Iván Rojas, que prendeu ex-oficiais no aeroporto internacional da cidade de El Alto, alegando um mandado de prisão contra eles.
Também põe em causa a declaração emitida neste sábado pelo Ministério das Relações Exteriores, onde ele informou que ‘a embaixada mexicana transferiu os asilados para o aeroporto de El Alto com a garantia concedida pela conduta segura estendida pelo governo boliviano’.
O mesmo documento publicado na conta do Twitter desse ministério dizia que os asilados deveriam ser transferidos para o México sem nenhum problema, sob a garantia da conduta segura.
A prisão de ex-funcionários do governo Evo Morales (2006-2019) causou vários sinais de rejeição nas redes sociais por perseguição política e violações de tratados internacionais pelo regime do golpe.
‘Toda a minha solidariedade com meu irmão César Navarro e sua família, pelas agressões que sofreu esta manhã quando, fazendo uso do direito internacional e tendo a correspondente conduta segura, estava saindo do país. O trabalho da ditadura desumana de Áñez, Camacho y Mesa ‘, denunciou o líder aimara em sua conta no Twitter.
Em outra publicação, ele afirmou que ‘mesmo nas piores ditaduras da América Latina, condutas seguras eram respeitadas. Hoje, às 5 da manhã, no aeroporto de El Alto, César Navarro e Pedro Damián Dorado foram presos. Suas vidas estão em perigo. Exigimos respeito pelo direito internacional ‘, escreveu Morales.