29.5 C
Brasília
quinta-feira, 20 fevereiro, 2025

Fui pra Cuba! Impressões de uma primeira viagem à Ilha Revolucionária

Por Angel Lima – Palmas-TO-Brasil

Neste último dezembro tive a grata oportunidade de visitar Cuba pela primeira vez (a primeira de muitas, pois quiero volver pronto!). Foi uma viagem marcante, cheia de vivências ricas que ficarão para sempre marcadas em mim. Neste breve relato trago um pouco das minhas impressões sobre esse país tão caliente, buscando apresentar um pouco do que me afetou nos espaços que percorri durante minha passagem pela “Ilha Revolucionária”.

Cuba, no mínimo, surpreende todo aquele que se permite conhecê-la para além das narrativas prontas ou impostas. Sendo o único país da América Latina com um regime socialista, “A Ilha”, (título do livro escrito pelo jornalista Fernando Morais, sobre Cuba) instiga imaginários repletos de utopias e rivalidades quando o assunto é política.

Para muitos, Cuba é um símbolo de resistência; para outros, um mistério envolto em contrastes e desafios. Contudo, para além de discursos e imaginários ideológicos, acredito que a grande potência desse país insular, é o próprio território e o povo que o mantem vivo e pulsante, este sim, resiste, com toda sua resiliência e força. Gente calorosa, de sorriso farto e uma hospitalidade autêntica e comovente.

A capital, Havana, – cujo centro histórico é declarado Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, desde 1982-, revela uma dualidade instigante em sua paisagem urbana. De um lado, a modernidade se manifesta em edifícios que anunciam o futuro, enquanto do outro, construções antigas preservam a memória da cidade. Essa sobreposição entre passado e presente evidencia a riqueza arquitetônica de Havana, onde cada rua reflete sua história e constante transformação. Cada esquina, cada muro, é um testemunho da convivência entre o antigo e o novo. 

Ainda em Havana está a avenida Malecón. Ela (a avenida) acompanha a orla da cidade e tem um longo calçadão, onde os habaneros se exercitam e aproveitam o dia. Sem praia de areia, a paisagem é marcada pela vista aberta para o mar.

Já no interior do país, o município Trinidad – localizado na Província de Sanct Spiritus, a pouco mais de 300 quilômetros e ao sul da capital cubana-, se apresenta como um verdadeiro relicário do tempo. Suas ruas de pedra, preservadas, conduzem o visitante por um cenário onde a arquitetura colonial de influência espanhola, se mantém intacta, despertando a sensação de estar em outra época, vivendo uma experiência onírica e repleta de encantos. O clima ameno parece amplificar essa magia, convidando o visitante a caminar por las calles de la ciudad.

A pouco mais de 12 quilômetros de Trinidad está a praia de Ancón, mais uma etapa cativante dessa jornada. Ao se despedir do dia, o sol embeleza o horizonte com tons alaranjados e dourados, refletindo suas nuances nas águas azuladas do mar. Esse espetáculo natural não só enche os olhos, mas também toca o coração com instantes onde a alma se revigora e o tempo parece pausar.

Tantas outras paisagens e sensações pude vivenciar nesse país tão controverso e vibrante, como tantos outros pelo mundo, que dariam um livro. Contudo, neste despretensioso relato quero deixar registrado que ter visitado Cuba foi como estar em casa. E para mim, casa significa afeto, acolhimento e empatia – e foi exatamente isso que senti nos encontros e contatos que vivi por lá. Mas para ser afetado assim, é preciso estar disposto não apenas a visitar, mas estar disposto a sentir Cuba e os cubanos. Por isso recomendo: Vai pra Cuba!!

 

 

 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS