Montevidéu (Prensa Latina) Preocupado com a situação econômica do Uruguai, o Frente Ampla (FA) propôs ao governo um conjunto de propostas focadas em preços da cesta básica, salários e pensões.
Em apresentação pública após reunião da Mesa Política do FA, seu presidente, Fernando Pereira, apresentou informações que reafirmam o agravamento da desigualdade social no país.
“Há dados da economia nacional que mostram que alguns uruguaios acumularam nove bilhões de dólares em bancos estrangeiros e outros uruguaios se alimentam em panelas populares, enquanto outros trabalhadores e aposentados perdem seus salários, e outros vivem na pobreza”, disse.
Com relação aos preços, a força política da esquerda acompanhará o projeto de lei aprovado por unanimidade no Senado, que estabelece a eliminação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) sobre 19 produtos que devem ser estendidos ao gás doméstico por seis meses.
Ele defendeu a manutenção do preço dos combustíveis pelo menos até o final do ano para micro, pequenas e médias empresas e a redução temporária das tarifas sensíveis de energia elétrica para os setores mais empobrecidos da população.
O FA propôs um duplo aumento nas transferências monetárias para proteção social, e por um período de um ano para ajustar mensalmente o valor para alocação a famílias vulneráveis do Plano de Equidade estabelecido por governos anteriores do Frente.
Em relação ao salário e aposentadoria, ele propôs um “aumento imediato” a partir de 1º de maio para os servidores públicos e não como adiantamento para o reajuste de janeiro de 2023, que permite iniciar o processo de recuperação salarial.
Isto deve ser feito de forma escalonada com uma percentagem mais elevada para os salários mais baixos e que é “essencial” que seja feito no âmbito da negociação coletiva, aponta o documento adotado.
Também pede um aumento adicional do salário mínimo nacional e outro permanente para pensões menores.