22.5 C
Brasília
quinta-feira, 28 março, 2024

França critica ‘excesso’ de refugiados e afirma que crise pode destruir Europa

A crise de refugiados representa um sério perigo para a Europa, declarou nesta sexta-feira (22) o primeiro-ministro da França Manuel Valls em entrevista à BBC, realizada à margem do Fórum Econômico Internacional em Davos.

“É exatamente a Europa que pode morrer, e não o espaço Schengen. Se a Europa não conseguir defender suas fronteiras, então a própria ideia de Europa será questionada” – disse o ministro ao responder a uma pergunta sobre os perigos do grande fluxo de migrantes para o espaço Schengen.

Valls explicou que não é a própria Europa que irá padecer, mas sim o “projeto europeu”, os valores europeus, os conceitos da Europa. Nas palavras do político, por vezes surge um sentimento de que a Europa não tem fronteiras, e, no entanto, elas existem e devem ser defendidas. Segundo o ministro, a Europa precisa tomar medidas de controle urgentes sobre suas fronteiras externas.

O ministro francês alertou que a Europa precisa declarar com firmeza que não aceitará todos os refugiados, caso contrário as sociedades europeias serão “totalmente desestabilizadas”.

Junto a isso, o político destacou a “coragem” da chanceler da Alemanha Angela Merkel na questão dos refugiados, mas deixou claro que a sua política de “venham, vocês serão aceitos” pode levar à enormes mudanças na União Europeia.

O ministro francês atentou ainda para o fato de a crise migratória atingir não somente a Alemanha, mas também a Áustria e países nórdicos e dos Balcãs.

No ano passado, mais de um milhão de pessoas, principalmente de origem norte-africana e do Oriente Médio, pediram asilo na Alemanha.

O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. A área criada em decorrência do acordo é conhecida como espaço Schengen e não deve ser confundida com a União Europeia. Trata-se de dois acordos diferentes, embora ambos envolvendo países da Europa.

Fonte: Agência Sputnik

ÚLTIMAS NOTÍCIAS