El Moudjahid – A Assembleia Nacional Francesa aprovou na quinta-feira uma proposta de resolução que “condena a repressão sangrenta e assassina dos argelinos cometida sob a autoridade do prefeito de polícia Maurice Papon em 17 de outubro de 1961” em Paris, durante a qual centenas de manifestantes pacíficos caíram como mártires, segundo historiadores.
Sessenta e sete deputados votaram a favor e 11 contra, das fileiras do Comício Nacional (extrema direita), foi especificado.
O texto “deseja”, ainda, “a inclusão de um dia de comemoração (deste) massacre” na “agenda dos dias nacionais e cerimónias oficiais”.
A redação do texto foi objeto de “um trabalho de reescrita até a vírgula” com o partido presidencial e o Eliseu para chegar a uma versão que se adequasse ao executivo, diz a deputada ambientalista Sabrina Sebaihi, à origem do texto.
O facto de incluir um dia de comemoração na agenda dos dias e cerimónias oficiais também deu origem a “uma batalha de vários meses e finalmente chegámos a um acordo”, afirma.
Um ex-deputado que participou nos trabalhos, Philippe Guillemard, confirma que as discussões foram “numerosas” e que a proposta de resolução foi “ciselada palavra por palavra”.