© REUTERS/ NASA/JPL-Caltech
Um grupo de cientistas detectou que em Marte há geleiras subterrâneas que oferecem novos dados sobre a quantidade de água disponível no Planeta Vermelho.
Embora há muito tempo se saiba que em Marte há gelo, estudar melhor sua profundidade e localização pode ser vital para as futuras missões tripuladas, lê-se no artigo publicado na quinta-feira (11) na revista norte-americana Science.
A descoberta revelou que há grandes depósitos de gelo subterrâneo localizados a um ou dois metros de profundidade em latitudes surpreendentemente baixas. “Este tipo de gelo está mais disseminado do que se pensava”, declarou Colin Dundas do Serviço Geológico dos EUA.
Segundo os pesquisadores, o gelo se formou recentemente por isso os sítios parecem ser planos na superfície e não estar cobertos por crateras formadas por resíduos espaciais depositados em Marte ao longo do tempo. O gelo tem listras e variações de cor, que sugerem que foi formado camada sobre camada, talvez como neve acumulada com o tempo, informou o artigo.
De acordo com o estudo, que se baseia nos dados recolhidos pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter da NASA, lançada em 2005, esses rochedos subterrâneos parecem “ser gelo quase puro”.
Perfurar o núcleo de uma dessas jazidas e trazê-lo à Terra ofereceria um tesouro de informação para os geólogos sobre o clima marciano do passado, considerou G. Scott Hubbard, cientista da Universidade de Stanford em Palo Alto, Califórnia.
Estas jazidas se encontram nos hemisférios norte e sul de Marte em latitudes entre 55 e 58 graus, equivalente na Terra à Escócia ou o extremo da América do Sul.