Insistiu também na necessidade de alinhar-se com o Movimento pelo Socialismo (MAS), que afirmou ser a única organização política ‘com visão de país e experiência de gestão que garanta uma saída para a crise econômica’.
Morales, refugiada na Argentina após o golpe de novembro de 2019, faz este apelo apenas um dia depois de a presidente do governo de fato, Jeanine Áñez, renunciar à sua candidatura nas eleições gerais de 18 de outubro.
A golpista garantiu em um vídeo – publicado em sua conta no Twitter – que tomou essa decisão ‘pelo bem maior’, para evitar uma dispersão do bloco oposto ao MAS que favoreceria uma vitória daquele movimento no primeiro turno.
A priori, dizem os especialistas, os partidários de Áñez se juntarão às fileiras do ex-presidente Carlos Mesa (de 17 de outubro de 2003 a 9 de junho de 2005), que até ontem ocupava o segundo lugar nas pesquisas, atrás do candidato do MAIS Luis Arce.
Mesa, que concorre às eleições para o grupo político Comunidad Ciudadana, apoiou o golpe na Bolívia, embora sempre tenha mantido divergências com Áñez.
Após a retirada da candidatura de Áñez, havia sete candidatos à presidência da Bolívia: Arce, Mesa, Luis Fernando Camacho (Acreditamos), Jorge Quiroga (Liberdade e Democracia), María de la Cruz Bayá (Ação Democrática Nacionalista), Feliciano Mamani (Ação Nacional Boliviana) e Chi Hyun Chung (Frente pela Vitória).