Buenos Aires, 5 out (Prensa Latina) O ex-presidente Evo Morales lembrou hoje a fabricação das primeiras baterias de lítio graças às políticas implementadas durante sua administração para industrializar o metal branco e alcançar a soberania tecnológica da Bolívia.
Construída na cidade de Potosí no ano passado, a instituição buscou acelerar a industrialização deste recurso natural e a formação de profissionais bolivianos.
O projeto de industrialização do lítio teve três fases. A primeira teve início em 2012 com a implementação do processo tecnológico e a produção de plantas-piloto de fertilizantes, vendidas principalmente no mercado interno.
A segunda fase teve início em 2016 e envolve a construção das plantas industriais de cloreto de potássio e carbonato de lítio para exportação, com piscinas industriais que garantem o insumo necessário para a obtenção dos sais básicos.
A terceira fase foi a fabricação de baterias de lítio em escala industrial em aliança com a empresa alemã ACI Systems para sua comercialização.
Por outro lado, o candidato presidencial do Movimento ao Socialismo, Luis Arce, denunciou em fevereiro que o golpe de Estado contra o líder aymara em novembro de 2019 foi concebido por empresas transnacionais para privatizar o lítio.
Em declarações ao diário argentino Página 12, Arce advertiu sobre as intenções do governo de facto de desfazer os acordos feitos durante a presidência de Morales (2006-2019).
Da mesma forma, as intenções dos líderes golpistas de realizar projetos com outras empresas que, em sua opinião, não o surpreenderiam são dos Estados Unidos, além de renegociar os contratos de venda de gás natural com o Brasil por 12 ou 15 anos que ‘nunca deveriam ser realizados’.
Com 21 milhões de toneladas métricas de metal macio no Salar de Uyuni (Potosí), o país sul-americano possui a maior reserva geológica do mundo certificada pela consultoria americana SRK para 64% de sua planície, após a perfuração de poços com 50 metros de profundidade.