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segunda-feira, 7 outubro, 2024

Estados dão passos seguros para a paz na Região dos Grandes Lagos

SECRETÁRIO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES – MANUEL AUGUSTO (FOTO: FRANCISCO MIUDO)
Luanda – O secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, referiu nesta segunda-feira, em Luanda, que os estados têm sabido, até agora, dar passos seguros na implementação dos compromissos assumidos, no âmbito do Acordo Quadro para a paz na RDC e na Região dos Grandes Lagos.
Em declarações à imprensa, por ocasião da reunião ministerial preparatória da 7ª Reunião do Mecanismo Regional de Supervisão do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a RDC e os Grandes Lagos, Manuel Augusto acrescentou que não tem sido fácil, mas os estados trabalham para a materialização dos compromissos.
Neste contexto, frisou que a presidência angolana, nos últimos dois anos, trouxe uma outra dinâmica, com o empenho do Presidente José Eduardo dos Santos, envolvendo toda a diplomacia da região.
Isso, argumentou o secretário, fez com que existissem resultados palpáveis, daí que, a título de exemplo, “quando falamos da RDC já falamos mais sobre o processo político eleitoral, do que sobre a guerra, o que é uma evolução”.
Lamentou o facto de terem existido também alguns recuos, como no caso do Sudão do Sul.
“Podemos ver que hoje há uma calma no Burundi, um governo legitimamente eleito na RCA e, portanto, todo este cenário há dois anos não existia. Dai que, os resultados são bons, mas temos de ter consciência de que ainda falta muito para atingirmos o pleno, que é a estabilidade permanente e segura da região dos Grandes Lagos”, defendeu.
Disse que quando tal for possível, a região poderá dedicar-se mais a exploração do seu potencial económico.
“A região dos Grandes Lagos é seguramente a mais rica do continente africano e é expectável que se continue a trabalhar para que muito em breve se possa falar de projectos de integração económica, como o Presidente José Eduardo dos Santos anunciou, na sua intervenção, logo no início do mandato”, referiu.
Em relação às expectativas para esta reunião de Luanda, Manuel Augusto disse serem altas, tal “como sempre quando se reúnem líderes da região, mas neste caso com as Nações Unidas e a União Africana”.
Fez ainda menção de ser esta uma reunião do Mecanismo do Acordo Quadro, estabelecido pelas Nações Unidas e União Africana sobre a RDC e os Grandes Lagos.
“Portanto, não é uma reunião ordinária da CIRGL, mas um encontro com uma dimensão, se quisermos, mais internacional. Angola tem a honra e privilégio de ser o primeiro país a acolhe-la, neste formato”, disse.
Salientou ainda o facto de, até agora, as reuniões do Mecanismo Regional de Supervisão do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a RDC e a região dos Grandes Lagos terem sido presididas pelas Nações Unidas e União Africana.
No entanto, referiu que, a partir desta reunião de Luanda, ela será liderada pelo Presidente do país anfitrião.
Em relação ao acordo para a estabilidade política na RDC, Manuel Augusto enfatizou que “os acordos só são bons quando são implementados e, por via dos mesmos, se atinjam os objectivos”.
“De qualquer modo, só o facto de já haver acordo, é sinal de que exige-se diálogo, embora ele ainda não tenha contemplado todos os actores políticos da RDC. Estamos a crer que muito brevemente, aqueles que ainda não participam, vão faze-lo”, acrescentou.
Referiu que, “por isto podemos considerar este acordo, como sendo uma boa base para a abordagem futura do processo na RDC. Estamos a considerar que é um elemento positivo, dai que a reunião de Luanda vai ouvir os testemunhos, quer do mediador, quer do governo e da ONU e acreditamos ser um bom passo”.
Manifestou ainda esperança de que o mesmo possa incluir todas as partes importantes deste processo político e, mais o que isto, “possa de facto significar o início do processo de normalização da vida política na RDC”.

http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2016/9/43/Angola-Estados-dao-passos-seguros-para-paz-Regiao-dos-Grandes-Lagos,e008f274-8305-47d8-ad1d-19367129fe7e.html

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