Um ano depois da consulta popular que apelou ao fim desta actividade na região, os especialistas manifestaram a sua preocupação e recordaram que os resultados enviaram uma mensagem clara às autoridades do país.
“O Equador deve priorizar a proteção do clima, do meio ambiente e dos povos indígenas que dele dependem, e afastar-se de um modelo econômico baseado no esgotamento dos recursos naturais e na extração de combustíveis fósseis”, afirmaram em comunicado.
Na opinião dos signatários, o Parque é vital para a regulação do clima e a sua proteção evitará milhões de emissões adicionais de gases com efeito de estufa.
Qualquer atraso ou desvio do mandato da votação corre o risco de minar a protecção ambiental e os esforços de acção climática, a integridade dos processos democráticos do Equador e ameaçar os direitos humanos, alertaram os especialistas.
Apesar do mandato claro da população equatoriana e do Tribunal Constitucional, acrescentaram, o progresso na aplicação dos resultados da consulta popular é lento.
Neste sentido, solicitaram que se mantenha o diálogo com a sociedade civil e os povos indígenas para garantir que suas vozes sejam ouvidas e que seus direitos sejam respeitados ao longo de todo o processo.
Em Agosto de 2023, uma histórica consulta popular pediu ao Governo que proibisse a exploração petrolífera com mais de dez milhões de votos a favor do fim da actividade, o que representou 59 por cento.
O Parque Nacional Yasuní é uma área natural protegida com mais de 10.200 quilômetros quadrados localizada na bacia amazônica, no nordeste daquele país.
“Como resultado da votação, os projetos existentes e futuros devem ser interrompidos e desmantelados, e o meio ambiente restaurado”, afirmaram os relatores.
O futuro do Parque Nacional Yasuní, dos seus habitantes, das gerações futuras e do ambiente global depende das medidas tomadas hoje, sublinharam.