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sexta-feira, 26 julho, 2024

Equador assina acordos no Canadá para promover projetos de mineração

Quito, 5 mar (Prensa Latina) O governo do Equador anunciou a assinatura de acordos de investimento para projetos de mineração avaliados em quatro mil e 800 milhões de dólares durante a Convenção Mundial de Exploração e Mineração no Canadá, evento que continua até hoje.

A informação foi informada pelo Ministério da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pescas, cujo chefe, Sonsoles García, está no norte do país junto com o presidente equatoriano, Daniel Noboa.

O presidente destacou em Toronto o papel crucial da mineração na economia equatoriana e especificou que os minerais constituem o quarto produto de exportação, que gera emprego, royalties para as comunidades, receitas para o Estado e lucros para as empresas.

O Chefe de Estado destacou que o seu Governo pretende desenvolver a mineração sustentável.

Por sua vez, nesta segunda-feira organizações sociais e ativistas ambientais do Equador rejeitaram os investimentos mineiros do Canadá nesta nação sul-americana com uma manifestação diante da sede diplomática canadense em Quito.

Os grupos repudiaram a posição do governo Noboa de promover o Equador como destino para este tipo de atividades.

Numa carta dirigida ao embaixador canadiano, Stephen Potter, salientam que as experiências das comunidades camponesas, indígenas e dos povos ancestrais em cujos territórios operam as empresas mineiras são escandalosas, assim como a violação dos direitos humanos.

O documento é assinado por mais de 80 grupos, incluindo Acción Ecológica, Quito Sin Minería, Comissão Ecumênica de Direitos Humanos (Cedhu), Fundação Consultiva Regional de Direitos Humanos (Inredh), entre outros.

Embora exista atualmente apenas uma mina de grande porte no Equador operada pela empresa canadense Lundin Gold, dedicada à exploração de ouro, há outros projetos em andamento, incluindo Curipamba-El Domo, na província andina de Bolívar, administrado pela Empresa Curimining.

As organizações que assinaram a carta afirmam que existem irregularidades como a falta de licenças ambientais, contratos de trabalho temporários e estratégias de divisão comunitária e confronto interno.

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